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Chicago dá ingressos grátis do Lollapalooza a vacinados nos EUA

O governo da cidade de Chicago, nos EUA, tem oferecido ingressos grátis de shows para os cidadãos que tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19

Lollapalooza em Chicago, em 2011: ingressos grátis para os vacinados contra o coronavírus (Daniel Boczarski/Redferns/Getty Images)

Lollapalooza em Chicago, em 2011: ingressos grátis para os vacinados contra o coronavírus (Daniel Boczarski/Redferns/Getty Images)

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Carolina Riveira

Publicado em 14 de junho de 2021 às 18h00.

Última atualização em 14 de junho de 2021 às 18h04.

Da lista de brindes que os governos nos Estados Unidos estão oferecendo aos cidadãos para que tomem a vacina contra a covid-19, a mais nova oferta vem de Chicago: o governo da principal cidade de Illinois anunciou que vai oferecer aos vacinados centenas de ingressos para o festival de música Lollapalooza. O festival terá a apresentação de nomes como Miley Cyrus e Foo Fighters.

A ação faz parte de um programa maior da Prefeitura de Chicago, o Protect Chicago Music Series, que tem oferecido ingressos gratuitos aos vacinados para uma série de shows.

No caso do Lollapalooza, serão oferecidos 1.000 ingressos de um dia inteiro no festival, que terá quatro dias em Chicago, entre 29 de julho e 1º de agosto. Os ingressos serão distribuídos em locais de vacinação específicos, que terão uma identidade visual especial em alguns dias, com logomarca do Lollapalooza e um DJ no posto de imunização.

Só podem participar da promoção os cidadãos que já estejam completamente vacinados, isto é, que tomaram duas doses da vacina da covid-19. Os EUA têm vacinado com as vacinas de Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson -- esta última requer apenas uma dose para imunização completa.

O Lollapalooza, ou "Lolla", é o maior festival da cidade e um dos maiores do mundo. O festival de mesmo nome acontece também no Brasil, na cidade de São Paulo.

Desde o advento da pandemia em 2020, as edições anteriores do festival foram canceladas e ainda há incertezas sobre os próximos shows. A edição 2020 não ocorreu, e a de 2021 também não será realizada. A próxima edição marcada, em março de 2022, também não tem ainda o chamado lineup, lista de artistas que se apresentarão.

Sobram vacinas nos EUA

Chicago encerrou neste mês as principais restrições a grandes eventos, à medida em que a vacinação avança nos EUA. Ao todo, 52% se dos americanos vacinaram com somente uma dose e 44% estão completamente imunizados.

Em Chicago, 46% da população já está completamente vacinada, pouco acima da média nacional. Estão nesse grupo quase 1,5 milhão dos 2,7 milhões de habitantes, segundo o CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA, que acompanha os números da vacinação.

No entanto, o ritmo da vacinação tem diminuído. O número de vacinados por dia em Chicago, que já foi de mais de 30.000 pessoas em abril, caiu pela metade desde então.

O cenário se repete no restante dos EUA, enquanto o governo do presidente Joe Biden e governos estaduais intensificam campanhas para convencer a população a se vacinar.

A queda não acontece por falta de vacinas, mas por decisão da população de não se vacinar. O objetivo do governo Biden é atingir 70% da população vacinada até julho, mas a meta tem se tornado difícil.

O ritmo da vacinação em queda pode afetar o plano de reabertura das principais cidades dos EUA, deixando as localidades expostas a uma nova onda da pandemia e a variantes vindas do exterior.

Além da cidade de Chicago, uma série de outros governos locais têm oferecido brindes e vantagens aos vacinados. O estado vizinho de Ohio chegou a sortear prêmios de 1 milhão de dólares aos cidadãos vacinados. Empresas também oferecem brindes como sanduíches e refeições gratuitas.

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