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Chefe regional de Hong Kong diz que não renunciará

O número de ativistas protestando diminuiu consideravelmente na manhã de hoje

Manifestante senta próximo à imagem do chefe executivo de Hong Kong, Cy Leung, modificada durante protesto (REUTERS/Carlos Barria)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 06h56.

Hong Kong - O chefe executivo de Hong Kong , Cy Leung, afirmou nesta terça-feira que não irá renunciar ao cargo em função das críticas geradas pela atuação da polícia contra os manifestantes que pedem mais democracia .

O número de ativistas protestando diminuiu consideravelmente na manhã de hoje em Hong Kong. Durante uma noite tranquila, cerca de 100 mil pessoas chegaram a estar presentes na manifestação.

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A menor quantidade de policiais nas ruas acalmou os ânimos, o que unido ao cansaço dos manifestantes fez com que muitas pessoas retornassem para casa durante a manhã. A ação da polícia nos últimos dias provocou um aumento dos protestos.

As forças de segurança estão protegendo apenas a sede do governo local e outras instituições.

Em discurso de 15 minutos antes de presidir a reunião semanal do conselho de governo, Leung afastou a possibilidade de "qualquer mudança".

No entanto, Leung afirmou que "a continuidade dos atos ilegais não fará o governo central (chinês) se retratar por sua decisão sobre a reforma política de Hong Kong".

"Os líderes de "Occupy Central" disseram repetidas vezes que se o movimento perder o controle pedirão para que ele acabe. Agora peço que cumpram a promessa que fizeram para a sociedade e que detenham esta campanha imediatamente", disse o chefe do Executivo regional.

Leung assegurou que o bloqueio de ruas por parte dos manifestantes afetou os serviços de emergências, como ambulâncias e bombeiros.

O chefe de governo mencionou a possibilidade do exército chinês -como ocorreu nos protestos da Praça da Paz Celestial- ou a polícia da China continental serem mobilizados para sufocar os protestos.

O movimento "Occupy Central" estimula todas as pessoas a seguirem nas ruas até quarta-feira, dia 1º de outubro, quando serão celebrados os 65 anos da chegada ao poder do Partido Comunista.

Neste dia, feriado na ilha, espera-se que ocorram manifestações ainda maiores.

As escolas em vários distritos do centro da cidade seguem fechadas hoje, e muitas linhas de ônibus permanecem suspensas ou com desvios, embora o metrô funcione normalmente.

Os objetivos do protesto se concentram hoje em pedir a renúncia do chefe regional, considerado um "fantoche de Pequim" por cidadãos de Hong Kong.

Além disso, os manifestantes esperam que nas eleições de 2017 os cidadãos da ilha possam votar livremente em seus líderes, como Pequim prometeu que faria quando passou a governar a ex-colônia britânica.

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