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O show deve continuar, diz Chávez sobre tragédia

O presidente venezuelano incentivou o povo a seguir em frente apesar das dores causadas pela morte de 41 pessoas na explosão da refinaria Amuay


	Chávez conversa com moradora de bairro afetado por explosão de refinaria na Venezuela: o presidente afirmou que as acusações de "falta de manutenção" na refinaria são "irresponsáveis"
 (Leo Ramirez/AFP)

Chávez conversa com moradora de bairro afetado por explosão de refinaria na Venezuela: o presidente afirmou que as acusações de "falta de manutenção" na refinaria são "irresponsáveis" (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 11h17.

Punto Fijo - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que visitou neste domingo à refinaria de Amuay, onde uma explosão matou 41 pessoas na véspera, disse que "o show deve continuar", após uma missa em memória das vítimas.

"Algum filósofo disse, não me lembro qual: o show deve continuar, mesmo com nossas dores, nossos pesares e nossos mortos", destacou Chávez em um discurso em rede nacional de rádio e TV.

"Diz a Bíblia: 'A morte será absorvida pela vitória. Todos estes mortos, que se foram fisicamente, ressuscitam a cada dia com a vitória da pátria".

"Estou muito triste, sinto pelos mortos, por seus familiares, pelos feridos", revelou o presidente na refinaria no Estado de Falcón, onde prosseguem os trabalhos de rescaldo nos tanques de combustíveis.

"Há alguns guardas que não aparecem e estão sendo procurados", disse Chávez sobre os membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) encarregados de vigiar a refinaria e que moravam próximo ao local da violenta explosão.

Chávez, que disputará mais uma reeleição no próximo dia 7 de outubro, ordenou uma investigação sobre as causas do vazamento de gás que provocou a explosão e adiantou que "há distintas hipóteses", sem dar detalhes.

O presidente afirmou que as acusações de "falta de manutenção" na refinaria são "irresponsáveis". "De imediato surgem os especialistas, que eu diria são especialistas em imoralidade (...) em dar qualquer opinião, mas sem fundamento (...) para lançar o veneno...".

Além de percorrer as instalações de Amuay ao lado de ministros e de autoridades locais, Chávez visitou o bairro La Pastora, junto à refinaria.

Em seguida, o presidente se dirigiu à base naval de Punto Fijo para assistir à missa em memória dos militares mortos no acidente.

A base naval acolhe 121 pessoas, incluindo 48 crianças, desabrigadas devido ao acidente, que atingiu 209 casas e 11 lojas situadas nos arredores da refinaria.

As refinarias de Amuay e Cardón formam o Centro de Refino Paraguaná, "o maior do mundo", com produção diária de 955 mil barris, cobrindo 66% da demanda interna de combustível, segundo o ministro do Petróleo, Rafael Ramírez.

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