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Chanceler iraniano diz que ameaça de Trump não intimida seu país

"As acusações, ameaças e blasfêmias nunca intimidarão os iranianos. Trump acabará descobrindo isso, da mesma forma que os seus antecessores", disse ele

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif: resposta a Donald Trump (Michaela Rehle/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 09h39.

Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou neste sábado que as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "nunca intimidarão aos iranianos".

"As acusações, ameaças e blasfêmias nunca intimidarão os iranianos. Trump acabará descobrindo isso, da mesma forma que os seus antecessores", disse Zarif, em sua conta oficial do Twitter.

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Trump ameaçou ontem abandonar o acordo nuclear iraniano se seus "defeitos" não fossem corrigidos mediante uma negociação internacional ou uma lei do Congresso americano, e elevou as tensões com Teerã sancionando o Corpo de Guardas da Revolução Iraniana.

O ministro pediu, com sarcasmo, que as palavras exaltadas de Trump fossem comparadas com a resposta do presidente iraniano, Hassan Rohani, e disse que tanto a amizade como a "geografia" do presidente americano estão "à venda ao melhor licitante".

"Não é surpreendente que os partidários do discurso tolo de Trump sejam aqueles bastiões isso fortificações da democracia do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein", completou, com ironia.

As autoridades do Irã asseguraram que o acordo nuclear, conseguido após mais de uma década de negociações, não é renegociável e que será respeitado enquanto haja reciprocidade por parte dos outros signatários, o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia e Alemanha).

O acordo nuclear limita as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento parcial das sanções internacionais contra a República Islâmica.

Após a assinatura do acordo nuclear com o Irã, o Congresso americano aprovou uma lei, conhecida pelas suas siglas em inglês INARA, exigindo ao presidente certificar a cada 90 dias se o acordo favorece o "interesse nacional" dos Estados Unidos. EFE

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