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Cerca de 2.500 turistas já deixaram a Tunísia após atentado

Atentado matou 39 pessoas ontem em Sousse, no litoral da Tunísia

Turistas deixam a Tunísia após ataques (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2015 às 10h11.

Sousse - Cerca de 2.500 turistas estrangeiros abandonaram a Tunísia nas últimas horas depois do atentado que matou 39 pessoas ontem em um hotel da cidade litorânea de Sousse, informaram responsáveis de setor turístico à Agência Efe neste sábado.

Todos eles partiram dos aeroportos vizinhos e da própria capital, Túnis, onde houve certa confusão com a chegada de vários voos fretados pelas companhias turísticas para recolher seus assustados clientes.

Contatado pela Efe, o Ministério do Turismo não confirmou nem desmentiu estes números e se limitou a apontar que o impacto real do massacre ainda está sendo avaliado.

Sousse é um constante ir e vir de ônibus desde que na sexta-feira ao meio-dia dois jovens abriram fogo na praia do hotel "Marhaba Imperial" contra dezenas de pessoas que tomavam o sol e estavam na areia.

Os jovens perseguiram os turistas até o interior do hotel, onde foram repelidos pelas forças de Segurança, que matou um deles.

O outro foi capturado pouco depois a um quilômetro da região hoteleira de Al Kantaoui-Sousse, quando fugia em direção à estrada.

Outras duas pessoas foram detidas acusadas de envolvimento com o massacre, informaram a Efe as forças de segurança.

Desde então, o desfile de malas feitas o mais rápido possível, carregadas por rostos tristes e nervosos é a cena mais comum nesta cidade tunisiana do Mediterrâneo, onde o turismo é a principal atividade econômica.

A maior parte está partindo movida pelo próprio medo, outros por conselho de suas embaixadas e agências de viagens.

"Pensamos muito se iríamos porque tínhamos esperado muito por estas férias. Mas nos disseram que o melhor é sair. Portanto vamos para o aeroporto", explicou a Efe uma turista britânica em um dos hotéis vizinhos ao atacado.

No hotel Kantauoi Center, ocupado principalmente por russos, a situação era inversa esta manhã.

Turistas se bronzeavam e as atividades turísticas aconteciam normalmente.

"Não, não acho que voltarão a atacar. Aqui no hotel acho que temos certeza. Ouvimos que pediram as pessoas que partissem, mas nossa intenção é ficar", explicou Ekhaterina na piscina do hotel.

A ação, que coincidiu com atentados na França e no Kuwait, foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico através de uma mensagem nas redes sociais.

O ataque foi o golpe de misericórdia à indústria turística de Tunísia, país que costuma receber seis milhões de visitantes e que começava a se recuperar após quatro anos sepultada pela revolução que em 2011 derrubou o regime ditatorial de Zinedine el Abidine Ben Ali.

O atentado do Bardo acabou com o primeiro de seus pilares, os cruzeiros pelo Mediterrâneo que tinham na Tunísia uma das paradas mais atraentes.

E o da sexta-feira afundou o turismo de sol e praia, levando o medo aos grandes hotéis-balneário, o segundo sustento do setor na Tunísia.

E um golpe muito duro para o país em geral, que transitou bem pelo caminho política desde a ditadura, mas que se mantém refém dos problemas econômicos que em 2011 contribuíram para suscitar a revolta. EFE

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Sousse - Cerca de 2.500 turistas estrangeiros abandonaram a Tunísia nas últimas horas depois do atentado que matou 39 pessoas ontem em um hotel da cidade litorânea de Sousse, informaram responsáveis de setor turístico à Agência Efe neste sábado.

Todos eles partiram dos aeroportos vizinhos e da própria capital, Túnis, onde houve certa confusão com a chegada de vários voos fretados pelas companhias turísticas para recolher seus assustados clientes.

Contatado pela Efe, o Ministério do Turismo não confirmou nem desmentiu estes números e se limitou a apontar que o impacto real do massacre ainda está sendo avaliado.

Sousse é um constante ir e vir de ônibus desde que na sexta-feira ao meio-dia dois jovens abriram fogo na praia do hotel "Marhaba Imperial" contra dezenas de pessoas que tomavam o sol e estavam na areia.

Os jovens perseguiram os turistas até o interior do hotel, onde foram repelidos pelas forças de Segurança, que matou um deles.

O outro foi capturado pouco depois a um quilômetro da região hoteleira de Al Kantaoui-Sousse, quando fugia em direção à estrada.

Outras duas pessoas foram detidas acusadas de envolvimento com o massacre, informaram a Efe as forças de segurança.

Desde então, o desfile de malas feitas o mais rápido possível, carregadas por rostos tristes e nervosos é a cena mais comum nesta cidade tunisiana do Mediterrâneo, onde o turismo é a principal atividade econômica.

A maior parte está partindo movida pelo próprio medo, outros por conselho de suas embaixadas e agências de viagens.

"Pensamos muito se iríamos porque tínhamos esperado muito por estas férias. Mas nos disseram que o melhor é sair. Portanto vamos para o aeroporto", explicou a Efe uma turista britânica em um dos hotéis vizinhos ao atacado.

No hotel Kantauoi Center, ocupado principalmente por russos, a situação era inversa esta manhã.

Turistas se bronzeavam e as atividades turísticas aconteciam normalmente.

"Não, não acho que voltarão a atacar. Aqui no hotel acho que temos certeza. Ouvimos que pediram as pessoas que partissem, mas nossa intenção é ficar", explicou Ekhaterina na piscina do hotel.

A ação, que coincidiu com atentados na França e no Kuwait, foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico através de uma mensagem nas redes sociais.

O ataque foi o golpe de misericórdia à indústria turística de Tunísia, país que costuma receber seis milhões de visitantes e que começava a se recuperar após quatro anos sepultada pela revolução que em 2011 derrubou o regime ditatorial de Zinedine el Abidine Ben Ali.

O atentado do Bardo acabou com o primeiro de seus pilares, os cruzeiros pelo Mediterrâneo que tinham na Tunísia uma das paradas mais atraentes.

E o da sexta-feira afundou o turismo de sol e praia, levando o medo aos grandes hotéis-balneário, o segundo sustento do setor na Tunísia.

E um golpe muito duro para o país em geral, que transitou bem pelo caminho política desde a ditadura, mas que se mantém refém dos problemas econômicos que em 2011 contribuíram para suscitar a revolta. EFE

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