CEO do TikTok comparecerá à cerimônia de posse de Trump, diz emissora chinesa
Shou Zi Chew estará no evento marcado para próximo dia 20 em meio a possibilidade do aplicativo parar de funcionar nos EUA
Agência de Notícias
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 09h47.
O diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, comparecerá à cerimônia de posse de Donald Trump em Washington no próximo dia 20 de janeiro, enquanto se decide o futuro do aplicativo de vídeo nos Estados Unidos, onde pode encerrar suas atividades no próximo domingo, segundo informou nesta quinta-feira a emissora estatal chinesa “CCTV”.
O CEO recebeu e aceitou um convite para comparecer à cerimônia, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a situação e que falaram com a emissora oficial chinesa em condição de anonimato.
O jornal “The New York Times” também confirmou nas últimas horas que Chew estará presente na posse do presidente eleito americano.
De acordo com a emissora chinesa, o TikTok desativará completamente seu aplicativo nos EUA no domingo, a menos que a Suprema Corte do país intervenha para bloquear a proibição, um dia antes de Trump retornar à presidência.
Em seu primeiro mandato (2017-2021), Trump tentou proibir a rede social, mas desta vez pediu à Suprema Corte que travasse a lei até que estivesse na presidência, após prometer durante a campanha que "salvaria o TikTok", uma plataforma tem "um lugar" em seu coração, segundo declarou recentemente após o suposto papel desempenhado pelo 'app' na hora de atrair os votos dos jovens durante as últimas eleições presidenciais.
A Suprema Corte dos EUA se inclinou na última sexta-feira a respaldar uma lei que permitiria que o TikTok fosse banido no país se não se separasse de sua empresa controladora, a chinesa ByteDance, antes de 19 de janeiro.
A Suprema Corte realizou uma audiência naquele dia, a pedido da plataforma, para estudar se a lei viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA (que inclui a liberdade de expressão), como alega o TikTok; ou se, ao contrário, a proteção da segurança nacional prevalece contra uma possível interferência do governo chinês, como alega a atual administração federal.
A lei, aprovada pelo Congresso em abril de 2024 por democratas e republicanos, deu à ByteDance nove meses para encontrar um investidor de um país que não fosse considerado um "adversário" dos Estados Unidos para vender suas operações.
Por sua vez, Chew garantiu ao Congresso dos EUA em 2023 que "a ByteDance não está sob o controle do governo chinês".