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Centenas se reúnem em Bangcoc em ultimato ao governo militar da Tailândia

Quatro anos depois de golpe, críticos afirmam que o país continua dividido e que a junta militar falhou em entregar algumas de suas promessas

Protesto contra o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha em Bangoc, na Tailândia: país governado por militares desde um golpe em maio de 2014 (Soe Zeya Tun/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2018 às 12h45.

Bangcoc - Centenas de pessoas se reuniram em uma universidade de Bangcoc neste sábado para entregar um ultimato ao governo militar da Tailândia , na mais recente de uma série de manifestações antigovernamentais neste ano.

A Tailândia é governada por militares desde um golpe em maio de 2014, justificado como necessário pelos militares para restaurar a ordem após meses de protestos contra e a favor ao então governo.

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Os militares prometeram trazer estabilidade e reformar o que chamavam de sistema político corrupto da Tailândia.

Quatro anos depois, críticos afirmam que o país continua profundamente dividido e que a junta militar falhou em entregar algumas de suas promessas.

Organizações internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), dizem que liberdades de reunião e de expressão sofreram grandes retrocessos desde o início do governo militar.

Os militares têm defendido suas táticas linha-dura dizendo ser necessária a manutenção da segurança nacional antes das eleições gerais.

O governo, liderado pelo ex-comandante do Exército Prayuth Chan-ocha, tem adiado repetidamente as eleições. A última data marcada prevê um pleito em fevereiro de 2019.

Neste sábado, mais de 500 manifestantes se reuniram na Universidade Thammasat e deram à junta, conhecida formalmente como Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, até o dia 22 de maio para o cumprimento de três demandas.

Os manifestantes pedem que as eleições aconteçam em novembro, afirmou Rangsiman Rome, um dos líderes do grupo. Eles também pedem que a junta renuncie e que os soldados retornem aos seus quartéis.

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