Centenas de indonésios queimam bandeiras dos EUA e Israel
Durante protestos, vários grupos muçulmanos gritaram palavras de ordem contra Trump e simularam execuções de bonecos do presidente americano
EFE
Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 10h10.
Jacarta - Centenas de indonésios queimaram nesta segunda-feira bandeiras americanas e israelenses em frente à embaixada dos Estados Unidos em Jacarta, e exigiram ao governo que rompa laços diplomáticos com o país devido à decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Vários grupos muçulmanos, entre eles a radical Frente de Defensores do Islã (FPI), gritaram palavras de ordem contra Trump e simularam execuções de bonecos do presidente americano.
"A Frente de Defensores do Islã exige ao governo da Indonésia que rompa relações diplomáticas com os Estados Unidos e expulse imediatamente o embaixador americano da Indonésia", exigiu esta organização por meio de um comunicado.
Trata-se do terceiro protesto organizado desde sexta-feira na capital da Indonésia, o país com a comunidade islâmica mais numerosa do mundo, com a participação dos principais grupos muçulmanos e partidos políticos de tendência islâmica do país.
A embaixada americana pediu na sexta-feira aos seus cidadãos que tomem precauções e evitem as áreas onde ocorram manifestações.
Trump reconheceu na semana passada Jerusalém como capital de Israel e prometeu a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a Cidade Santa, perante os protestos de numerosos países.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou na quinta-feira a decisão de Trump e lhe pediu que reconsiderasse sua postura.
Widodo participará amanhã e na quarta-feira da reunião extraordinária convocada em Istambul pela Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) para debater a decisão de Trump.
A Indonésia conta com uma população de 260 milhões de habitantes, dos quais 88% professa o islã.