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Casa Branca nega que Trump tenha dito que Rússia não mira mais os EUA

Perguntado por repórteres antes de reunião do gabinete se Moscou ainda estava mirando o país, Trump balançou a cabeça e disse: "Não"

Donald Trump: porta-voz disse que resposta "não" do presidente foi uma recusa em responder mais questões (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: porta-voz disse que resposta "não" do presidente foi uma recusa em responder mais questões (Carlo Allegri/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2018 às 16h32.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 17h41.

Washington - A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira que ainda há risco de a Rússia interferir nas eleições dos Estados Unidos, uma tentativa de explicar um novo deslize do presidente do país, Donald Trump, durante entrevista.

"Acreditamos que ainda existe a ameaça e por isso estamos tomando medidas", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

A explicação da porta-voz ocorreu depois de uma nova polêmica envolvendo Trump. Perguntado por uma jornalista se acreditava que a Rússia seguia interferindo na política americana, o presidente foi sucinto e respondeu apenas "não".

A negativa contrariava a posição das agências de inteligência americanas sobre a atuação do Kremlin no país. Na última segunda-feira, o chefe da Direção Nacional de Inteligência, Dan Coats, disse que a Rússia "mantém esforços ativos e generalizados para minar a nossa democracia".

No entanto, Sanders disse que o "não" do presidente não era uma resposta para a pergunta da jornalista.

"Falei com o presidente. Ele não estava respondendo a essa pergunta, estava dizendo que não responderia mais perguntas", esclareceu a porta-voz da Casa Branca.

Sanders ainda afirmou que Trump e o governo americano estão trabalhando muito duro e tomando uma série de medidas para garantir que a Rússia não interfira mais em qualquer eleição no país.

"Como atualmente não há uma eleição, não sabemos de ameaças específicas, mas certamente estamos tomando medidas para garantir que eles não voltem a fazer isso", afirmou.

Muitos dos congressistas americanos estão preocupados com uma nova ação da Rússia nas eleições legislativas marcadas para ocorrer em novembro nos EUA.

Sanders também questionou a ideia de que Trump é amigável com Putin. Segundo a porta-voz, o presidente americano denunciou algumas das posturas do chefe do Kremlin, mas afirmou que é bom que os dois se deem bem para criar um ambiente mais pacífico no mundo.

A atual crise envolvendo Trump começou na segunda-feira, durante a entrevista coletiva concedida por ele ao lado de Putin, após cúpula bilateral entre eles em Helsique, na Finlândia.

Diante do presidente russo, Trump afirmou que não acreditava que a Rússia havia interferido nas eleições americanas, contrariando as conclusões de vários órgãos de inteligência do país.

Ontem, após uma tempestade de críticas, inclusive de aliados e membros do Partido Republicano, o presidente voltou atrás e disse que se equivocou na declaração.

"Me expressei mal (...) Quis dizer que não vejo razão pela qual a Rússia não estivesse por trás da interferência", disse Trump.

Perguntada porque Trump demorou um dia inteiro para corrigir as declarações dadas em Helsinque, a porta-voz disse que o presidente aproveitou a primeira ocasião em que falou em público

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