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Casa Branca diz que desemprego está 'inaceitavelmente alto'

Foram criados apenas 39 mil novos empregos em novembro, cerca de três vezes menos vagas do que era esperado por analistas

Desempregados fazem fila em um posto de empregos (Robyn Beck/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 13h16.

Washington - A Casa Branca lamentou nesta sexta-feira as cifras do emprego em novembro nos Estados Unidos, afirmando que a taxa de desemprego está "inaceitavelmente alta".

Apesar das más notícias, o assessor econômico da Casa Branca Austan Goolsbee indicou que a recuperação do emprego continua.

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"Apesar da trajetória geral da economia ter melhorado dramaticamente ao longo do último ano, certamente ainda haverá obstáculos pelo caminho, como este", estimou.

"É importante não dar importância em excesso a um relatório mensal".

"O relatório do emprego de hoje (sexta-feira) mostra que a folha de pagamento do setor privado acrescentou 50.000 empregos em novembro, menos do que as expectativas, mas dando continuidade a 11 meses consecutivos de crescimento do emprego no setor privado", destacou o assessor.

O ritmo da criação de empregos se desacelerou fortemente em novembro nos Estados Unidos: a taxa de desemprego aproximou-se ainda mais dos 10%, segundo o relatório oficial do emprego publicado nesta sexta-feira em Washington.

A economia americana gerou apenas 39.000 postos de trabalho em novembro, quatro vezes menos que no mês anterior - e muito menos que o esperado. O desemprego, por sua vez, chegou a 9,8%, maior nível desde abril, segundo dados do departamento do Trabalho.

Os números de novembro são particularmente decepcionantes em relação às previsões dos analistas, que esperavam a criação de 130.000 empregos em média.

A taxa de desemprego, que havia se estabilizado em 9,6% durante três meses, subiu a 9,8% em novembro - quando os analistas esperavam que continuasse no mesmo patamar.

Por outro lado, o departamento do Trabalho revisou para cima as contratações de outubro, a 172.000 (+14%).

O setor de serviços, que domina a economia do país, criou apenas 54.000 empregos em novembro. Mesmo sem levar em consideração os 14.000 postos suprimidos pelos Estados e municípios - que enfrentam enormes dificuldades financeiras (cifra bastante inferior à registrada no mês anterior).

Em plena temporada de compras de fim de ano, o comércio varejista suprimiu mais de 28.000 empregos, depois de ter criado 13.000 no mês anterior.

A indústria, por sua vez, eliminou 15.000 postos, principalmente no setor manufatureiro, um dos motores da recuperação econômica.

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