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Cardeal acusado de abusos sexuais renuncia a seus direitos

O ex-arcebispo perdeu direitos conferidos ao cargo, mas o Vaticano ainda não decidiu se ele perderá também o título honorário

O'Brien pediu perdão publicamente depois de reconhecer que manteve uma conduta sexual inadequada para um sacerdote (AFP/ Thomas Coex)
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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 15h46.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco aceitou nesta sexta-feira a renúncia aos direitos e prerrogativas cardinalícias apresentada pelo ex-arcebispo de Edimburgo (Escócia), Keith O'Brien, envolvido em um escândalo de abusos sexuais .

O'Brien, de 77 anos e que renunciou a participar no conclave de 2013 que elegeu Francisco, perde assim o direito de participar em assembleias e conclaves, de assessorar o pontífice em suas decisões, ou seja, de assistir em Roma as reuniões da hierarquia da Igreja.

Segundo fontes religiosas, o comunicado oficial do Vaticano não especifica se ele manterá o título honorário.

Trata-se de um caso excepcional, já que apenas em 1927 aconteceu outro, com o jesuíta Louis Billot, um dos teólogos de referência da extrema-direita francesa.

A inédita decisão do Papa foi classificada de corajosa pelo vaticanista Andrea Tornielli, que acha que Francisco quis assim confirmar sua vontade de aplicar sem hesitação a "tolerância zero" em todos os casos de abusos sexuais, mesmo quando envolva um dos chamados "príncipes da Igreja".

O'Brien pediu perdão publicamente depois de reconhecer que manteve uma conduta sexual inadequada para um sacerdote.

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O'Brien, de 77 anos e que renunciou a participar no conclave de 2013 que elegeu Francisco, perde assim o direito de participar em assembleias e conclaves, de assessorar o pontífice em suas decisões, ou seja, de assistir em Roma as reuniões da hierarquia da Igreja.

Segundo fontes religiosas, o comunicado oficial do Vaticano não especifica se ele manterá o título honorário.

Trata-se de um caso excepcional, já que apenas em 1927 aconteceu outro, com o jesuíta Louis Billot, um dos teólogos de referência da extrema-direita francesa.

A inédita decisão do Papa foi classificada de corajosa pelo vaticanista Andrea Tornielli, que acha que Francisco quis assim confirmar sua vontade de aplicar sem hesitação a "tolerância zero" em todos os casos de abusos sexuais, mesmo quando envolva um dos chamados "príncipes da Igreja".

O'Brien pediu perdão publicamente depois de reconhecer que manteve uma conduta sexual inadequada para um sacerdote.

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