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Candidatos votam nas eleições presidenciais sírias

Os candidatos presidenciais rivais do líder sírio Bashar al-Assad foram votar hoje em seções eleitorais de Damasco

Homem vota na Síria: essas são as primeiras eleições com mais de um candidato em meio século (George Ourfalian/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 09h17.

Damasco - Os candidatos presidenciais Maher Abdel Hafez Hayar e Hassan Abdullah al Nouri, rivais do líder sírio Bashar al-Assad , foram votar nesta terça-feira em seções eleitorais de Damasco, pouco depois do presidente, informou a imprensa oficial.

Hayar, deputado da oposição tolerada, depositou sua cédula na seção eleitoral instalada na sede do parlamento.

Nouri, ex-ministro de Estado para o Desenvolvimento da Administração Pública e de Assuntos Parlamentares (2000-2002), votou com sua mulher no hotel Sheraton.

Em entrevista à imprensa, Al Nouri afirmou que as eleições de hoje representam "uma grande vitória nacional" rumo a uma " Síria nova e democrática".

Segundo sua opinião, a próxima etapa no país será marcada pelo triunfo do povo sobre os "terroristas".

Previamente, Assad votou acompanhado por sua mulher, Asma, na escola do Mártir Naeem Muasiri, no bairro de Al Malaki, na capital.

Também foram às urnas o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, e o presidente do parlamento, Mohammed al Laham.

Essas são as primeiras eleições com mais de um candidato em meio século na Síria.

Prevê-se que Assad, no poder desde 2000, seja reeleito para um terceiro mandato de sete anos, aprovado pelos recentes avanços do exército sírio.

A votação acontece nas áreas sob controle do regime em todas as províncias, menos em Al Raqqah (norte), nas mãos do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Quase 16 milhões de sírios estão convocados a votar no meio de uma guerra civil que deixou mais de 162 mil mortos desde seu início, em março de 2011.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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