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Candidato denuncia que eleições não têm a mínima garantia

Candidato presidencial Hamdin Sabahi denunciou que as eleições no Egito carecem de conteúdo democrático e das mínimas garantias de liberdade

Apoiadores de Hamdin Sabahi: "a pátria é cenário de uma ameaça real", disse (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 10h41.

Cairo - O candidato presidencial Hamdin Sabahi denunciou nesta quarta-feira que as eleições no Egito "carecem de conteúdo democrático e das mínimas garantias de liberdade", mas afirmou que continua na corrida para não favorecer o boicote que os islamitas propõem.

Sabahi confirmou, em comunicado, que os delegados de sua campanha se retiraram de todos os colégios eleitorais e responsabilizou a Comissão Eleitoral e os corpos de segurança sobre a integridade do pleito.

A Comissão Eleitoral decidiu ontem por surpresa estender em um dia, até hoje, o prazo para que os egípcios possam votar, diante a baixa participação registrada, o que despertou enormes críticas no país.

"Neste momento, a pátria é cenário de uma ameaça real por parte das forças do extremismo e do terrorismo, por isso não podemos adotar posturas que serão aproveitadas em serviço de seus interesses e em detrimento de nossa pátria", disse Sabahi, em alusão à Irmandade Muçulmana e sua campanha pelo boicote.

Um bom número de ativistas e seguidores de Sabahi pedem desde ontem à noite nas redes sociais que se retire da corrida presidencial, após a ampliação do voto e várias irregularidades.

O esquerdista, único rival nas eleições do grande favorito, o ex-chefe do Exército Abdul Fatah al Sisi, denunciou que nos dois últimos dias sua equipe sofreu "um grande número de violações, agressões e irregularidades" e que em alguns casos seus representantes foram proibidos de fazer seu trabalho e até mesmo levados à Procuradoria Militar.

"Talvez isso seja um processo que nos leve a 24 de janeiro de 2011", ou seja, ao dia anterior à revolução contra o regime de Hosni Mubarak, analisou.

Apesar de tudo, Sabahi reiterou que sua participação nas eleições, que já foi muito criticada pela oposição, permitiu justamente revelar as práticas antidemocráticas e as "ilusões que alguns tentaram divulgar nos últimos meses".

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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