Candidato colombiano diz que escândalo é complô contra ele
Oscar Iván Zuluaga negou qualquer participação em um escândalo de roubo de informações que manchou sua campanha
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 10h36.
Bogotá - O principal candidato da oposição nas eleições presidenciais da Colômbia , que serão realizadas no próximo domingo, negou qualquer participação em um escândalo de roubo de informações que manchou sua campanha, descrevendo o episódio como uma armadilha para prejudicar o crescente apoio que vem recebendo.
Oscar Iván Zuluaga, que superou por uma leve margem o presidente Juan Manuel Santos em recentes pesquisas de intenção de voto, foi instado no domingo a abandonar a corrida presidencial por um concorrente e por alguns legisladores, os quais disseram que um vídeo divulgado no fim de semana provou que o candidato mentiu sobre acusações de espionagem.
O vídeo mostrou seu ex-consultor se mídias sociais informando Zuluaga que havia obtido informação militar confidencial, aparentemente de maneira ilegal. Zuluaga não reage nem questiona seu acesso a segredos de Estado.
O vídeo pareceu contradizer as alegações de Zuluaga, feitas quando o hacker Andrés Sepúlveda foi preso por espionar as negociações de paz com rebeldes das Farc, de que qualquer espionagem ilegal que o consultor possa ter feito não possui nenhuma ligação com sua campanha. Zuluaga, na segunda-feira, pediu que os colombianos o apoiassem na eleição de domingo.
Ele chamou o vídeo de “montagem”, no qual áudio e imagens não se encaixam. “Este vídeo, feito ilegalmente, é claramente uma montagem e uma armadilha; pois para qualquer um que o tenha ouvido e visto com atenção, não há conversa ou declaração que demonstre conduta ilegal”, disse ele a repórteres.
Zuluaga disse que em pelo menos dois pontos do vídeo a manipulação é evidente e há partes onde o áudio não parece combinar com as imagens. Ele descreveu a gravação do filme em segredo como ilegal e disse não ter lembrança da reunião mostrada no vídeo, mas afirmou que isso é justificável, dada sua atribulada agenda.
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