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Campos lança projeto 'Noronha Carbono Zero'

Projeto pretende fazer do arquipélago de Fernando de Noronha o primeiro território carbono-neutro do País

Baía dos Porcos, Fernando de Noronha: arquipélago produz hoje uma média de 9 mil toneladas de CO2 por habitante/ano, bem acima da média nacional (Fabricio Brasiliense / Viagem e Turismo)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 20h11.

Recife - O projeto "Noronha Carbono Zero", que pretende fazer do arquipélago de Fernando de Noronha o primeiro território carbono-neutro do País, foi lançado nesta quinta-feira, 31, pelo governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), na abertura da conferência "Pernambuco no Clima", que reúne especialistas em meio ambiente para discutir mudanças climáticas e aquecimento global.

Noronha produz hoje uma média de 9 mil toneladas de CO2 por habitante/ano, bem acima da média nacional, de 2,2 toneladas de CO2 por habitante/ano. Campos acredita que a experiência de redução da emissão de carbono a zero na ilha - o que inclui compensação com plantio de mata atlântica para as atividades onde a emissão não puder ser reduzida - pode ser alcançada em um prazo de cinco anos.

"Será um caso concreto para servir de paradigma para cidades, estados e países", afirmou o governador. Um diagnóstico do arquipélago indicou que 55% por cento das emissões se devem ao transporte aéreo, 32% à energia térmica e 7% ao transporte interno - ônibus, veículos, motos que circulam na ilha. A emissão de CO2 contribui para o chamado efeito estufa, com aumento da temperatura do planeta.

Campos observou que o uso do biocombustível em vez do combustível fóssil para as aeronaves vai depender das empresas áreas, que poderão receber algum benefício para fazer a mudança. Noronha tem uma usina termelétrica. A ideia é substituir a fonte energética pela solar e eólica. Duas usinas solares estão sendo implementadas, com investimentos de R$ 18 milhões e deverão atender a 15% da atual demanda energética.

O projeto de redução de carbono ainda será apresentado e discutido com a comunidade da ilha. O envolvimento da população é imprescindível para o seu êxito, de acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV). Segundo ele, ainda não há um orçamento específico para o projeto.

O líder dos verdes no Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit, o secretário-executivo do Fórum brasileiro de Mudanças Climáticas, Luís Pinguelli Rosa, a deputada federal Aspásia Camargo (PV), o deputado federal Alfredo Sirkis (PV) e o ex-deputado federal pelo PV, Fábio Feldmann, participam da conferência.

Sirkis (PV) enfatizou que o "Pernambuco no Clima" não tem caráter político eleitoral. Frisou que o evento foi planejado há um ano e é um desdobramento da Rio +20. "Não tem política, não tem campanha eleitoral", afirmou. Feldmann destacou a importância do encontro por "avançar e inovar para o concreto".

"As democracias são formatadas para pensar no curto prazo, normalmente o curto prazo é o eleitoral", disse Feldmann. "O que estamos fazendo em Pernambuco é liderança".

Desenvolvimentista, Campos não teve preocupação com o meio ambiente no seu primeiro mandato e recebe críticas de ambientalistas por iniciativas como a autorização, em 2010, da derrubada de 600 hectares de manguezal no complexo portuário e industrial de Suape, na região metropolitana.

No segundo mandato, criou a secretaria de meio ambiente e tem buscado mudar a política ambiental do Estado. Numa espécie de prestação de contas, Sérgio Xavier apresentou todas as ações do governo pernambucano na área, em um discurso de 25 minutos. "Pernambuco está fazendo o dever de casa e pode exigir que o Brasil e o mundo também avancem neste sentido", disse ele. O secretário informou que o Estado está investindo R$ 11,5 bilhões no setor, sendo R$ 9,7 bilhões em saneamento e abastecimento. Xavier assegurou que 60% destes recursos serão utilizados até 2015.

Encontros Regionais

Depois de realizarem um primeiro encontro, nesta segunda-feira, 28, em São Paulo, para afinar discursos e programas, os aliados PSB e Rede farão dois encontros regionais ainda neste ano: o primeiro no Rio e o segundo em Salvador, na busca de aprofundar as convergências e superar as divergências programáticas das duas legendas. Outros três encontros regionais devem ocorrer no início de 2014, sem data definida, de acordo com Eduardo Campos, presidente nacional do partido.

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Noronha produz hoje uma média de 9 mil toneladas de CO2 por habitante/ano, bem acima da média nacional, de 2,2 toneladas de CO2 por habitante/ano. Campos acredita que a experiência de redução da emissão de carbono a zero na ilha - o que inclui compensação com plantio de mata atlântica para as atividades onde a emissão não puder ser reduzida - pode ser alcançada em um prazo de cinco anos.

"Será um caso concreto para servir de paradigma para cidades, estados e países", afirmou o governador. Um diagnóstico do arquipélago indicou que 55% por cento das emissões se devem ao transporte aéreo, 32% à energia térmica e 7% ao transporte interno - ônibus, veículos, motos que circulam na ilha. A emissão de CO2 contribui para o chamado efeito estufa, com aumento da temperatura do planeta.

Campos observou que o uso do biocombustível em vez do combustível fóssil para as aeronaves vai depender das empresas áreas, que poderão receber algum benefício para fazer a mudança. Noronha tem uma usina termelétrica. A ideia é substituir a fonte energética pela solar e eólica. Duas usinas solares estão sendo implementadas, com investimentos de R$ 18 milhões e deverão atender a 15% da atual demanda energética.

O projeto de redução de carbono ainda será apresentado e discutido com a comunidade da ilha. O envolvimento da população é imprescindível para o seu êxito, de acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV). Segundo ele, ainda não há um orçamento específico para o projeto.

O líder dos verdes no Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit, o secretário-executivo do Fórum brasileiro de Mudanças Climáticas, Luís Pinguelli Rosa, a deputada federal Aspásia Camargo (PV), o deputado federal Alfredo Sirkis (PV) e o ex-deputado federal pelo PV, Fábio Feldmann, participam da conferência.

Sirkis (PV) enfatizou que o "Pernambuco no Clima" não tem caráter político eleitoral. Frisou que o evento foi planejado há um ano e é um desdobramento da Rio +20. "Não tem política, não tem campanha eleitoral", afirmou. Feldmann destacou a importância do encontro por "avançar e inovar para o concreto".

"As democracias são formatadas para pensar no curto prazo, normalmente o curto prazo é o eleitoral", disse Feldmann. "O que estamos fazendo em Pernambuco é liderança".

Desenvolvimentista, Campos não teve preocupação com o meio ambiente no seu primeiro mandato e recebe críticas de ambientalistas por iniciativas como a autorização, em 2010, da derrubada de 600 hectares de manguezal no complexo portuário e industrial de Suape, na região metropolitana.

No segundo mandato, criou a secretaria de meio ambiente e tem buscado mudar a política ambiental do Estado. Numa espécie de prestação de contas, Sérgio Xavier apresentou todas as ações do governo pernambucano na área, em um discurso de 25 minutos. "Pernambuco está fazendo o dever de casa e pode exigir que o Brasil e o mundo também avancem neste sentido", disse ele. O secretário informou que o Estado está investindo R$ 11,5 bilhões no setor, sendo R$ 9,7 bilhões em saneamento e abastecimento. Xavier assegurou que 60% destes recursos serão utilizados até 2015.

Encontros Regionais

Depois de realizarem um primeiro encontro, nesta segunda-feira, 28, em São Paulo, para afinar discursos e programas, os aliados PSB e Rede farão dois encontros regionais ainda neste ano: o primeiro no Rio e o segundo em Salvador, na busca de aprofundar as convergências e superar as divergências programáticas das duas legendas. Outros três encontros regionais devem ocorrer no início de 2014, sem data definida, de acordo com Eduardo Campos, presidente nacional do partido.

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