Mundo

Cameron pede a deputados que autorizem bombardeios na Síria

O primeiro-ministro conservador já tinha indicado que só apresentaria a moção se tivesse certeza de que seria aprovada


	Destruição na Síria: "Trata-se de política, diplomacia e ajuda humanitária", insistiu Cameron, que ressaltou a necessidade de conseguir a paz na Síria
 (Bassam Khabieh/ Reuters)

Destruição na Síria: "Trata-se de política, diplomacia e ajuda humanitária", insistiu Cameron, que ressaltou a necessidade de conseguir a paz na Síria (Bassam Khabieh/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 11h23.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediu nesta terça-feira aos deputados de todos os partidos que votem amanhã a favor do bombardeio de posições do Estado Islâmico (EI) na Síria, ao fim de um intenso debate na Câmara dos Comuns.

O governo apresentará amanhã uma moção para ampliar à Síria os ataques aéreos contra o EI que o Reino Unido já faz no Iraque, depois de o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, dar aos seus deputados liberdade de voto.

O primeiro-ministro conservador já tinha indicado que só apresentaria a moção se tivesse certeza de que seria aprovada.

"Vou apresentar os argumentos e espero que a maior quantidade possível de membros do parlamento, de todos os partidos, me apoiem. Tivemos uma reunião do governo esta manhã e finalizamos a moção que será apresentada na Câmara dos Comuns", disse Cameron em uma declaração em sua residência em Downing Street.

O primeiro-ministro acrescentou que a moção expõe a necessidade de tomar medidas militares contra o EI na Síria, mas também lembra que a intervenção é parte de uma ampla estratégia para lidar com o conflito na região.

"Trata-se de política, diplomacia e ajuda humanitária", insistiu Cameron, que ressaltou a necessidade de conseguir a paz na Síria.

Corbyn tinha indicado na semana passada que não apoiaria os bombardeios na Síria por considerar que a estratégia de Cameron não garantiria a segurança britânica diante da ameaça que o EI representa.

Após intensas negociações com os membros trabalhistas do chamado "Gabinete na sombra" e diante dos desacordos internos, Corbyn optou ontem por dar aos seus deputados liberdade de voto, já que muitos tinham manifestado seu desejo de apoiar os ataques.

No final de 2014, a Câmara dos Comuns autorizou o Reino Unido a bombardear posições do EI no Iraque, mas não na Síria.

Corbyn se opõe a qualquer intervenção militar no Oriente Médio e foi uma das principais vozes contrárias à Guerra do Iraque de 2003, o que o levou a participar de manifestações contra o conflito junto ao grupo "Stop the war coalition".

Cameron sustenta que os atentados de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos, tornou mais urgente acelerar a decisão do governo britânico sobre os bombardeios.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEuropaPaíses ricosReino UnidoSíria

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame