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Câmara controlará Executivo, diz parlamentar venezuelano

O presidente da Assembleia Nacional disse a Nicolás Maduro que a câmara "vai legislar e vai controlar" o trabalho do Executivo


	Ramos Allup, presidente do parlamento da Venezuela
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Ramos Allup, presidente do parlamento da Venezuela (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 07h29.

Caracas - O presidente da Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, o opositor Henry Ramos Allup, disse nesta sexta-feira ao presidente Nicolás Maduro, que compareceu ao parlamento para apresentar seu relatório anual de governo, que a câmara "vai legislar e vai controlar" o trabalho do Executivo.

"O senhor sabe, presidente, que às vezes é preciso dobrar para não quebrar. No entanto, que ninguém pense que este parlamento, um poder constitucional autônomo, não vá questionar, legislar e controlar", afirmou Ramos Allup no plenário da câmara após a mensagem anual do chefe de Estado.

Maduro ofereceu hoje seu discurso anual de governo no parlamento venezuelano, que pela primeira vez em 17 anos tem maioria da oposição e é presidido pelo social-democrata Ramos Allup, a quem o presidente estendeu a mão e chamou de "chefe e líder político da oposição venezuelana".

O titular do Poder Legislativo aproveitou a ocasião do pronunciamento anual do presidente, que foi transmitido em rede nacional de rádio e televisão, para responder à maioria dos temas expostos pelo presidente venezuelano.

Ramos Allup lembrou os "erros sucessivos" do chavismo durante os seus 17 anos de poder, por "culpa" de "um modelo errado".

O parlamentar também se referiu a lei de "anistia e reconciliação" com a qual a oposição pretende libertar os opositores presos, uma medida que Maduro já tinha anunciado antes que vetaria.

"Aqui não podemos seguir até que não libertemos os presos políticos, que sim existem presidente, e há exilados por razões políticas", exclamou o político.

Ramos Allup louvou o fato de Maduro ter convidado a oposição para um "diálogo construtivo" para enfrentar crise econômica, que o presidente pretende combater com um "decreto de emergência econômica" que apresentou hoje.

"Se podemos conseguir pontos de acordo que nos ajudem a sair deste atoleiro, não seremos nós os que se negarão a dialogar", disse o presidente do parlamento. 

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