Brexit: quem votou a favor ou contra a saída britânica da UE
Em uma votação acirrada, a maioria dos britânicos decidiu pela saída da União Europeia. Veja como se deram esses votos
Gabriela Ruic
Publicado em 24 de junho de 2016 às 14h15.
São Paulo – Em um processo longo e polêmico, a população do Reino Unido decidiu deixar os quadros da União Europeia ( UE ). O resultado final foi anunciado na manhã desta sexta-feira e contou ainda com a renúncia do primeiro-ministro David Cameron.
O resultado foi recebido com surpresa no mundo inteiro, uma vez que ao longo dos últimos meses, as pesquisas de opinião sempre mostraram uma margem apertada entre a parcela de britânicos que queria essa saída e aqueles que desejavam permanecer. Considerando os riscos econômicos dessa decisão, muitos acreditavam que, no final das contas, o Reino Unido ficaria.
Entretanto, não foi isso que aconteceu. Em uma votação histórica, que contou com a participação de 72% das 45,6 milhões de pessoas aptas a votar, 52% dos britânicos definiram que o futuro do país será agora uma aventura solitária, enquanto 48% deles lutaram pelo movimento contrário.
E de acordo com pesquisas conduzidas por veículos britânicos como o The Guardian e o The Telegraph, Inglaterra e País de Gales votaram pela saída, com 53,4% e 52,5% dos eleitores tendo se posicionado dessa forma. Já na Escócia e Irlanda do Norte, a maioria das pessoas desejava ficar na UE: 62% e 55,8%, respectivamente.
Projeções conduzidas anteriormente ao voto final ajudam a montar um panorama sobre os votos e comprova como a população britânica estava dividida nessa questão.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, que compilou dados de entidades como What the UK Thinks, YouGov e Instituto Ipsos Mori, entre a população jovem, com idades entre 18 e 24 anos, 60% votaria pela permanência. Entre os mais velhos, acima dos 65 anos, 60% disseram que se posicionariam pela saída.
Entre as mulheres, os números eram acirrados: 41% votaria pela permanência, 43% pela saída e 16% não sabiam no início desta semana como votariam. Com os homens, a situação também foi apertada: 46% queriam ficar, 43% sair e 10% estavam indecisos.
Ideologicamente, 91% dos eleitores do chamado UKIP, partido liderado por Nigel Farage e conhecido pelo discurso anti-imigração, votariam pela saída, assim como 55% dos eleitores conservadores. Entre os trabalhistas e os democratas liberais, 63% e 70% se manifestaram pela permanência.
Na capital Londres , análises do The Guardian mostraram que, entre os cidadãos que votaram pela permanência, 75,9%, quase 70% deles detêm ensino superior, cerca de 90% têm média 40 anos de idade e aproximadamente 40% deles não nasceram no Reino Unido.
O jornal nota, contudo, que embora a maioria dos eleitores londrinos eram pró-UE, algumas regiões da cidade, especificamente bairros típicos da classe trabalhadora como Havering, Barking e Dagenham, votaram pela saída.
E agora?
Estima-se que levará ao menos dois anos até que o país se desligue da União Europeia. Contudo, os termos dessa negociação precisam ser esclarecidos. Além disso, o país precisará resolver questões internas. Especialmente quando se considera que Escócia e Irlanda do Norte já anunciaram o desejo de rever a sua permanência. Só que a permanência no Reino Unido.
São Paulo – Em um processo longo e polêmico, a população do Reino Unido decidiu deixar os quadros da União Europeia ( UE ). O resultado final foi anunciado na manhã desta sexta-feira e contou ainda com a renúncia do primeiro-ministro David Cameron.
O resultado foi recebido com surpresa no mundo inteiro, uma vez que ao longo dos últimos meses, as pesquisas de opinião sempre mostraram uma margem apertada entre a parcela de britânicos que queria essa saída e aqueles que desejavam permanecer. Considerando os riscos econômicos dessa decisão, muitos acreditavam que, no final das contas, o Reino Unido ficaria.
Entretanto, não foi isso que aconteceu. Em uma votação histórica, que contou com a participação de 72% das 45,6 milhões de pessoas aptas a votar, 52% dos britânicos definiram que o futuro do país será agora uma aventura solitária, enquanto 48% deles lutaram pelo movimento contrário.
E de acordo com pesquisas conduzidas por veículos britânicos como o The Guardian e o The Telegraph, Inglaterra e País de Gales votaram pela saída, com 53,4% e 52,5% dos eleitores tendo se posicionado dessa forma. Já na Escócia e Irlanda do Norte, a maioria das pessoas desejava ficar na UE: 62% e 55,8%, respectivamente.
Projeções conduzidas anteriormente ao voto final ajudam a montar um panorama sobre os votos e comprova como a população britânica estava dividida nessa questão.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, que compilou dados de entidades como What the UK Thinks, YouGov e Instituto Ipsos Mori, entre a população jovem, com idades entre 18 e 24 anos, 60% votaria pela permanência. Entre os mais velhos, acima dos 65 anos, 60% disseram que se posicionariam pela saída.
Entre as mulheres, os números eram acirrados: 41% votaria pela permanência, 43% pela saída e 16% não sabiam no início desta semana como votariam. Com os homens, a situação também foi apertada: 46% queriam ficar, 43% sair e 10% estavam indecisos.
Ideologicamente, 91% dos eleitores do chamado UKIP, partido liderado por Nigel Farage e conhecido pelo discurso anti-imigração, votariam pela saída, assim como 55% dos eleitores conservadores. Entre os trabalhistas e os democratas liberais, 63% e 70% se manifestaram pela permanência.
Na capital Londres , análises do The Guardian mostraram que, entre os cidadãos que votaram pela permanência, 75,9%, quase 70% deles detêm ensino superior, cerca de 90% têm média 40 anos de idade e aproximadamente 40% deles não nasceram no Reino Unido.
O jornal nota, contudo, que embora a maioria dos eleitores londrinos eram pró-UE, algumas regiões da cidade, especificamente bairros típicos da classe trabalhadora como Havering, Barking e Dagenham, votaram pela saída.
E agora?
Estima-se que levará ao menos dois anos até que o país se desligue da União Europeia. Contudo, os termos dessa negociação precisam ser esclarecidos. Além disso, o país precisará resolver questões internas. Especialmente quando se considera que Escócia e Irlanda do Norte já anunciaram o desejo de rever a sua permanência. Só que a permanência no Reino Unido.