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Brasil diz que direitos da Argentina sobre Ilhas Malvinas são 'legítimos' e defende nova negociação

Em nota, Itamaraty destaca que argentinos e britânicos deveriam voltar a conversar com base em resoluções da ONU

Ilha das Malvinas: Itamaraty defende a retomada das negociações bilaterais entre argentinos e britânicos (Daniel Garcia/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 10h18.

Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 10h18.

O governo brasileiro divulgou uma nota, na noite desta quarta-feira, em que reafirma o apoio do Brasil "aos legítimos direitos da Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes". No texto, o Itamaraty defende a retomada das negociações bilaterais entre argentinos e britânicos.

A posição do Brasil remonta a 1833, quando a embaixada brasileira em Londres foi instruída a apoiar o protesto argentino junto ao governo britânico pela ocupação das Ilhas, chamadas Falklands pelo Reino Unido. Os dois países já disputaram o arquipélago de quase 4 mil habitantes, próximo da costa argentina, várias vezes. A Guerra das Malvinas, em 1982, é um exemplo do fracasso dos vizinhos ao tentar o controle do local.

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"Em linha com a posição argentina, o Brasil favorece a criação de ambiente de confiança que contribua para a retomada das negociações bilaterais, conforme recomendam as resoluções das Nações Unidas, organização na qual a disputa é tratada, desde a década de 1960, como um tema de agenda de descolonização", diz um trecho da nota.

Milei quer retomar conversas

Assim como seus antecessores, o controle do arquipélago é defendido pelo presidente da Argentina, Javier Milei. Buenos Aires quer a retomada das negociações bilaterais, mas o Reino Unido considera que o assunto está resolvido.

De acordo com o Itamaraty, o apoio do Brasil à Argentina com foi reafirmado, recentemente, em uma declaração conjunta, assinada em janeiro do ano passado, durante uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, quando a Casa Rosada era ainda comandada por Alberto Fernández. Esse posicionamento foi ratificado, em maio, em um documento aprovado por todas as nações da região, durante um encontro de líderes, em Brasília.

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