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Brasil acompanha crise no Equador "com preocupação"

Correa disse ter sido atacado por manifestantes e está no Hospital da Polícia, onde, segundo o chefe de gabinete, ele é mantido "como refém"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2010 às 21h26.

Brasília - O governo brasileiro expressou na quinta-feira apoio ao presidente do Equador, Rafael Correa, e disse acompanhar com "profunda preocupação" a crise política no país.

"O Brasil deplora os atos de violência e de desrespeito às instituições e condena energicamente todo e qualquer tipo de ataque ao poder civil legitimamente constituído e à ordem constitucional do Equador", informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

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O Itamaraty acrescentou que o ministro interino da pasta, embaixador Antonio de Aguiar Patriota, está a caminho de Buenos Aires, onde participará de reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo informado sobre a situação no Equador, palco de protestos de vários grupos de segurança, que foram às ruas, tomaram quartéis e o aeroporto de Quito para mostrar o descontentamento com a aprovação de uma lei que afeta seus rendimentos.

Correa disse ter sido atacado por manifestantes e está no Hospital da Polícia, onde, segundo o chefe de gabinete do Equador, Vinicio Alvarado, ele é mantido "de alguma forma como refém".

O presidente acusa a oposição de tentar promover um golpe de Estado no país.

O governo brasileiro recebeu informações que confirmam relatos vindos de Quito de que os militares seguem fiéis a Correa.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, que está em missão no Haiti, manifestou solidariedade em telefonema ao chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.

"O governo brasileiro faz um apelo para que seja restabelecida de imediato a ordem interna no Equador, com pleno respeito à democracia e aos direitos humanos", diz a nota do Itamaraty.

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