Enviado especial da ONU Lakhdar Brahimi: mediador aumentou a pressão sobre os dois lados para que mostrem disposição no processo de paz promovido por Moscou e Washington (Denis Balibouse/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 11h17.
Genebra - O mediador Lakhdar Brahimi vai se reunir separadamente com representantes de ambos os lados da guerra na Síria, durante os primeiros dias de uma segunda rodada de negociações que começa nesta segunda-feira, após o descumprimento de um cessar-fogo local provocar um retrocesso no esforços de paz.
Em uma carta vista pela Reuters nesta segunda-feira, Brahimi aumentou a pressão sobre os dois lados para que mostrem disposição no processo de paz promovido por Moscou e Washington, após nenhum progresso ter sido alcançado em uma primeira rodada de conversas.
Ele disse que iria conversar com ambos os lados de maneira separada pelos próximos dias, na esperança de melhorar a atmosfera da negociação.
No documento de oito páginas, datado de 7 de fevereiro e entregue por Brahimi às duas delegações no fim de semana, ele pediu a eles para assumirem um compromisso logo de início para tratar de duas questões principais: interromper os combates e desenrolar as discussões para um governo de transição.
"As duas questões estão entre as mais complexas e sensíveis e ambos os assuntos precisam ser tratadas durante várias sessões e longas discussões", disse o documento.
"Mas o futuro do processo político e a possibilidade de que seja bem-sucedido requer uma declaração clara desde o princípio de que ambos os partidos tenham uma forte e integral vontade política para lidar com essas duas questões, com tudo que elas exigem --coragem, persistência e tenacidade e abertura para que se alcance soluções de sucesso para todas as questões, não importa o quão complicadas e espinhosas." Durante a segunda semana de negociações, Brahimi planeja expandir o escopo das discussões para outras duas questões: como administrar a continuidade das instituições sírias e como lidar com o processo de diálogo nacional e reconciliação que deve emergir de qualquer eventual acordo em Genebra.