Bolívia envia missão à Colômbia e diz que avião tinha bom estado
O diretor-geral da Aeronáutica Civil da Bolívia destacou que a aeronave da Lamia decolou do país "em perfeitas condições"
EFE
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 13h50.
Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 16h04.
La Paz - O diretor-geral da Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC), César Varela, anunciou nesta terça-feira que uma missão será enviada à Colômbia para ajudar na investigação do acidente envolvendo o avião da companhia boliviana Lamia, com 81 pessoas a bordo, entre elas a delegação da Chapecoense que viajava para a disputa da decisão da Copa Sul-Americana.
Em entrevista coletiva, Varela disse que os técnicos bolivianos estarão à disposição das autoridades colombianas responsáveis pelas investigações e destacou que a aeronave da Lamia decolou do país "em perfeitas condições".
O avião partiu de São Paulo, fez escala em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e depois partiu para Medellín.
"Nós vimos que a aeronave tinha todas as regras de voo autoridades, aeronavegabilidade aprovada, as permissões de saída da Bolívia, as permissões de entrada na Colômbia e os tripulantes estavam com suas licenças em ordem", disse o diretor-geral.
Depois de insistentes perguntas sobre a situação do avião, Varela reiterou que ela estava em "perfeitas condições". Mas, apesar dos questionamentos, ele não deu detalhes sobre a estrutura da empresa e se limitou a dizer que se trata de um consórcio de vários membros.
O chefe de aeronavegabilidade da DGAC, Julio Fortún, disse que a Lamia é uma empresa privada de transporte aéreo que opera na Bolívia há um ano e que conta com as permissões para fazer voos fretados nacionais e internacionais. A companhia era conhecida por prestar serviços a equipes e seleções de futebol da América do Sul.
Apesar de ser uma empresa boliviana, os aviões da Lamia pertencem a sócios venezuelanos, explicou Mario Pacheco, funcionário da companhia aérea, ao jornal local "El Deber".
O acidente ocorreu na madrugada de terça-feira perto do aeroporto José María Córdova, na região metropolitana de Medellín. Segundo a Aeronáutica Civil da Colômbia, além dos 22 jogadores da Chapecoense, estavam no avião 28 dirigentes, membros da comissão técnica e convidados do clube, assim como 22 jornalistas e nove tripulantes.
Informações ainda preliminares da Aeronáutica Civil da Colômbia indicam que há seis sobreviventes. São eles os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jackson Follman, o jornalista Rafael Henzel, a comissária Ximena Suárez e técnico da aeronave Erwin Tumiri.