Biden diz que deixou campanha eleitoral para não criar "distrações" em eleição "vital"
Em sua primeira entrevista desde que desistiu de tentar a reeleição, Biden disse à rede de televisão "CBS" que temia que, se continuasse na disputa, a atenção se concentraria nas críticas à sua candidatura
Agência de Notícias
Publicado em 11 de agosto de 2024 às 17h33.
Em sua primeira entrevista desde que desistiu de tentar a reeleição, Biden disse à rede de televisão "CBS" que temia que, se continuasse na disputa, a atenção se concentraria nas críticas à sua candidatura.
"Vários de meus colegas no Senado e na Câmara acreditavam que eu prejudicaria a campanha, e eu temia que, se continuasse, essa seria a questão central", afirmou o presidente americano na entrevista, veiculada neste domingo.
Líder "transitório"
O político do Partido Democrata, de 81 anos, enfatizou que, quando decidiu concorrer à presidência em 2020 para enfrentar o então presidente Donald Trump, ele se via como um líder "transitório".
Ele disse que encara a eleição de novembro como de vital importância para a democracia dos EUA e que, embora estivesse "honrado" por ser presidente, tinha a "obrigação de fazer o que é melhor para o país".
"Estamos em um momento decisivo da história. As decisões que tomarmos nos próximos três ou quatro anos determinarão como serão as próximas seis décadas", alegou.
Em 21 de julho, após uma tempestade política desencadeada por seu desempenho desastroso no primeiro debate presidencial com Trump, Biden anunciou que desistiu da corrida e deu seu apoio à vice-presidente, Kamala Harris.
Na última terça-feira, ela foi oficializada como a candidata democrata à presidência, e escolheu o governador de Minnesota, Tim Walz, como seu companheiro de chapa para a vice-presidência.