Biden diz que cessar-fogo entre Israel e Hezbollah foi pensado para ser permanente
Estados Unidos lideram acordo histórico para encerrar os conflitos entre Israel e Hezbollah, com retirada de tropas e negociações de fronteira
Agência de Notícias
Publicado em 26 de novembro de 2024 às 22h52.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah foi concebido para ser permanente.
“Segundo com o acordo fechado hoje, que entrará em vigor amanhã às 4 horas da manhã, horário local, os combates ao longo da fronteira entre Israel e Líbano terminarão. Ele foi projetado para ser uma interrupção permanente das hostilidades”, declarou.
A proposta, impulsionada pelos EUA, inclui três fases principais:
- Trégua imediata entre as partes.
- Retirada das forças do Hezbollah para o norte do rio Litani.
- Retirada total das tropas israelenses do sul do Líbano em até 60 dias.
Além disso, o acordo prevê negociações entre Israel e Líbano para definir suas fronteiras, atualmente delimitadas pela ONU após o conflito de 2006.
“O que resta do Hezbollah e de outras organizações terroristas não poderá ameaçar a segurança de Israel. Nos próximos 60 dias, o Exército libanês e as forças de segurança do Estado serão mobilizados e assumirão o controle de seu próprio território. Não será permitida a reconstrução da infraestrutura terrorista do Hezbollah no sul do Líbano”, afirmou Biden.
Compromisso internacional
Biden destacou o apoio da França e de outros aliados na implementação do acordo e reforçou que os EUA não enviarão tropas ao sul do Líbano, mas oferecerão assistência técnica e logística para garantir o cumprimento do pacto.
Ele também advertiu: “Se o Hezbollah ou qualquer outra pessoa violar o acordo e representar uma ameaça direta a Israel, então Israel manterá o direito de autodefesa de acordo com a lei internacional”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou o compromisso com o cessar-fogo, mas enfatizou que o país manterá sua “liberdade de ação” caso o pacto seja violado.