Biden chama Trump de 'irresponsável' por alegações de fraude em julgamento
Equipe de campanha de reeleição do presidente americano também atacou o magnata, chamando-o de 'desesperado' e 'confuso'
Agência de notícias
Publicado em 31 de maio de 2024 às 18h08.
Última atualização em 31 de maio de 2024 às 18h15.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou Donald Trump nesta sexta-feira por questionar o sistema de Justiça americano e dizer que seu julgamento foi fraudado. Trump foi declarado culpado em um histórico veredicto emitido por um júri popular de Nova York na quinta.
"É perigoso, é irresponsável, alguém dizer que o julgamento foi fraudado só porque o veredicto não lhe agrada", disse Biden na Casa Branca, em seus primeiros comentários sobre o assunto. O sistema de Justiça deve ser respeitado. Não devemos permitir que ninguém o derrube. Ninguém está acima da lei.
A equipe de campanha de reeleição de Biden atacou o magnata mais cedo, ao chamá-lo de "desesperado" e "confuso".
“Os Estados Unidos acabam de testemunhar um Donald Trump confuso, desesperado e derrotado divagando sobre suas próprias queixas pessoais e mentindo sobre o sistema de Justiça dos Estados Unidos”, disse Michael Tyler, diretor da equipe de campanha do democrata, em comunicado.
Os comentários de Trump em Nova York deixaram "todos que o viram com uma conclusão óbvia: esse homem não pode ser presidente dos Estados Unidos", acrescentou Tyler.
Em um discurso na Trump Tower de Nova York, o republicano proferiu durante 35 minutos uma série de insultos, acusações não confirmadas e sem sentido. "Foi muito injusto... Vocês viram o que aconteceu com algumas das nossas testemunhas. Literalmente as crucificaram", afirmou Trump.
Após se referir aos seus adversários como "doentes" e "fascistas", o magnata saiu sem permitir perguntas.
O republicano de 77 anos foi considerado culpado em 34 acusações de falsificação de documentos contábeis, com o objetivo de ocultar um pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não revelasse, na reta final da campanha eleitoral de 2016, uma relação sexual ocorrida dez anos antes.