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Bicicletas fecham Paulista em homenagem a ciclista morta

Os ciclistas protestaram contra as frequentes mortes no trânsito e pediram mais atenção do Poder Público para a importância do veículo de duas rodas

Os manifestantes paulistanos pintaram bicicletas brancas no local onde a bióloga Juliana Dias foi atropelada (FERNANDO MORAES)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 23h51.

São Paulo - Uma passeata de bicicletas fechou na noite de hoje (6) um dos sentidos da Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo . Os ciclistas protestaram contra as frequentes mortes no trânsito e pediram mais atenção do Poder Público para a importância do veículo de duas rodas como meio de transporte. O ato foi programado para ocorrer simultaneamente em 26 cidades do país.

Os manifestantes paulistanos pintaram bicicletas brancas no local onde a bióloga Juliana Dias foi atropelada por um ônibus na semana passada. Eles também trocaram as flores e deixaram mensagens no monumento, uma bicicleta branca com um capacete furado, feito em homenagem a ciclista. É o segundo monumento do tipo, chamado de ghost bike (bicicleta fantasma), erguido na avenida em homenagem a ciclistas mortos no trânsito.

O membro da organização não governamental Ciclo BR, Felipe Aragonez, disse que o ato busca fomentar o respeito aos ciclistas e exigir uma postura mais firme do Poder Público no caso dos acidentes. “A gente pede que as pessoas respeitem, cumpram o código de trânsito. E que os órgãos competentes fiscalizem e punam as pessoas”.

A secretaria Luciana Spedine, que participou da passeata, desenhou em um cartaz os três filhos e pendurou nas costas uma frase: “Eles me esperam em casa. Compartilhe a via e a vida”. Ela contou que faz todos os dias um trajeto de dez quilômetros de casa para o trabalho e frequentemente passa por situações de risco no percurso. “A questão é a falta de conhecimento e atenção. A gente vê que alguns não veem a gente ou porque estão no celular, ou ouvindo rádio, ou pensando na vida”.

Mesmo assim, Luciana disse quer persiste no uso da bicicleta para ganhar tempo, manter a saúde e educar os filhos. “É uma forma de eu dar um exemplo para os meus filhos. Não quero que a minha filha tenha medo no futuro de andar de bicicleta”.

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O membro da organização não governamental Ciclo BR, Felipe Aragonez, disse que o ato busca fomentar o respeito aos ciclistas e exigir uma postura mais firme do Poder Público no caso dos acidentes. “A gente pede que as pessoas respeitem, cumpram o código de trânsito. E que os órgãos competentes fiscalizem e punam as pessoas”.

A secretaria Luciana Spedine, que participou da passeata, desenhou em um cartaz os três filhos e pendurou nas costas uma frase: “Eles me esperam em casa. Compartilhe a via e a vida”. Ela contou que faz todos os dias um trajeto de dez quilômetros de casa para o trabalho e frequentemente passa por situações de risco no percurso. “A questão é a falta de conhecimento e atenção. A gente vê que alguns não veem a gente ou porque estão no celular, ou ouvindo rádio, ou pensando na vida”.

Mesmo assim, Luciana disse quer persiste no uso da bicicleta para ganhar tempo, manter a saúde e educar os filhos. “É uma forma de eu dar um exemplo para os meus filhos. Não quero que a minha filha tenha medo no futuro de andar de bicicleta”.

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