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Bersani quer formar governo mesmo com cenário negativo

Bersani rejeitou estreitar alianças com a coalizão de centro-direita do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi

Pier Luigi Bersani: Bersani explicou que será apresentado no Parlamento um programa de Governo formado por sete ou oito pontos, com o qual se dirigirá a todas as forças políticas. (REUTERS / Remo Casilli)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Roma - O líder da coalizão de centro-esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, que conta com a maioria absoluta na câmara dos Deputados, mas não no Senado, está disposto a formar um Governo apesar disso ser visto como uma missão praticamente impossível.

"Chame ele como você quiser: Governo de minorias, de objetivos. Para mim, tanto faz. Eu o chamo de Governo de mudanças e, na próxima quarta-feira, proporei à coalizão e depois ao Chefe do Estado", afirmou Bersani em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "La Repubblica".

Bersani explicou que será apresentado no Parlamento um programa de Governo formado por sete ou oito pontos, com o qual se dirigirá a todas as forças políticas para ver quem está preparado para assumir sua responsabilidade.

Entre estes pontos serão inclusos, acrescentou Bersani, assuntos relativos à Europa, temáticas sociais e também a redução do número de parlamentares e o endurecimento das normas anticorrupção.

Mas as boas intenções de Bersani se chocam com o que encontrará no Parlamento, pois se quiser governar, terá antes de que mais nada receber a posse nas duas câmaras, o que parece muito improvável neste momento.

Bersani rejeitou estreitar alianças com a coalizão de centro-direita do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, já que a base e os eleitores do partido não o perdoariam, pois afirma que o um pacto com o histórico inimigo seria um "suicídio político".


As cadeiras conquistadas pelo ex-presidente do Governo tecnocrata Mario Monti não são suficientes e Beppe Grillo, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), terceira força política do país, voltou hoje a rejeitar de forma contundente qualquer tipo de pacto com os partidos políticos.

O Governo de centro-esquerda não teria problemas na câmara dos Deputados onde tem a maioria absoluta, o problema seria no Senado, onde conta com 123 cadeiras que não são suficientes para conseguir que seja aprovado o voto de confiança.

Sem o voto de confiança ao Governo de Bersani, a paralisia na Itália seria aguçada, já que seria necessário esperar até 15 de abril para que o novo Parlamento eleja quem será o novo Chefe de Estado, pois o atual Giorgio Napolitano não pode dissolver as câmaras e convocar eleições nos últimos seis meses de seu mandato, que termina em 15 de maio.

Por sua vez, Berlusconi se mostrou propício a voltar às urnas o mais rápido possível, mas só após ter mudado a atual lei eleitoral, considerada uma das culpadas pela situação de ingovernabilidade que foi criada.

"A Itália corre perigo. Todos estão observando com grande preocupação e se não somos capazes de nos governar e de realizar reformas, cairemos em uma difícil situação", disse Berlusconi.

Quem não parece mudar de opinião é o comediante Beppe Grillo, que não somente reiterou sua recusa a votar a posse para nenhum partido, mas atacou duramente o Partido Democrata (PD), principal formação da coalizão de centro-esquerda, acusando de ter aberto o "mercado de gado".


"Nestes dias (o PD) abriu o mercado de gado. Ao Movimento 5 Estrelas continuam chegando ofertas para ocupar a Presidência da câmara ou o Senado ou comissões ou inclusive ministérios. Os escolhidos do M5S e todos seus ativistas e eleitores não se vendem", escreveu Grilo em seu blog.

"Bersani está fora da história e não se dá conta", acrescentou.

O que todos pensam na Itália foi resumido de maneira simples pela recém escolhida senadora pelo PD, Josefa Idem. "Ninguém queria estar na situação em que se encontra agora Bersani".

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Roma - O líder da coalizão de centro-esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, que conta com a maioria absoluta na câmara dos Deputados, mas não no Senado, está disposto a formar um Governo apesar disso ser visto como uma missão praticamente impossível.

"Chame ele como você quiser: Governo de minorias, de objetivos. Para mim, tanto faz. Eu o chamo de Governo de mudanças e, na próxima quarta-feira, proporei à coalizão e depois ao Chefe do Estado", afirmou Bersani em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "La Repubblica".

Bersani explicou que será apresentado no Parlamento um programa de Governo formado por sete ou oito pontos, com o qual se dirigirá a todas as forças políticas para ver quem está preparado para assumir sua responsabilidade.

Entre estes pontos serão inclusos, acrescentou Bersani, assuntos relativos à Europa, temáticas sociais e também a redução do número de parlamentares e o endurecimento das normas anticorrupção.

Mas as boas intenções de Bersani se chocam com o que encontrará no Parlamento, pois se quiser governar, terá antes de que mais nada receber a posse nas duas câmaras, o que parece muito improvável neste momento.

Bersani rejeitou estreitar alianças com a coalizão de centro-direita do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, já que a base e os eleitores do partido não o perdoariam, pois afirma que o um pacto com o histórico inimigo seria um "suicídio político".


As cadeiras conquistadas pelo ex-presidente do Governo tecnocrata Mario Monti não são suficientes e Beppe Grillo, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), terceira força política do país, voltou hoje a rejeitar de forma contundente qualquer tipo de pacto com os partidos políticos.

O Governo de centro-esquerda não teria problemas na câmara dos Deputados onde tem a maioria absoluta, o problema seria no Senado, onde conta com 123 cadeiras que não são suficientes para conseguir que seja aprovado o voto de confiança.

Sem o voto de confiança ao Governo de Bersani, a paralisia na Itália seria aguçada, já que seria necessário esperar até 15 de abril para que o novo Parlamento eleja quem será o novo Chefe de Estado, pois o atual Giorgio Napolitano não pode dissolver as câmaras e convocar eleições nos últimos seis meses de seu mandato, que termina em 15 de maio.

Por sua vez, Berlusconi se mostrou propício a voltar às urnas o mais rápido possível, mas só após ter mudado a atual lei eleitoral, considerada uma das culpadas pela situação de ingovernabilidade que foi criada.

"A Itália corre perigo. Todos estão observando com grande preocupação e se não somos capazes de nos governar e de realizar reformas, cairemos em uma difícil situação", disse Berlusconi.

Quem não parece mudar de opinião é o comediante Beppe Grillo, que não somente reiterou sua recusa a votar a posse para nenhum partido, mas atacou duramente o Partido Democrata (PD), principal formação da coalizão de centro-esquerda, acusando de ter aberto o "mercado de gado".


"Nestes dias (o PD) abriu o mercado de gado. Ao Movimento 5 Estrelas continuam chegando ofertas para ocupar a Presidência da câmara ou o Senado ou comissões ou inclusive ministérios. Os escolhidos do M5S e todos seus ativistas e eleitores não se vendem", escreveu Grilo em seu blog.

"Bersani está fora da história e não se dá conta", acrescentou.

O que todos pensam na Itália foi resumido de maneira simples pela recém escolhida senadora pelo PD, Josefa Idem. "Ninguém queria estar na situação em que se encontra agora Bersani".

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