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BCE garante liquidez ilimitada até fins de junho de 2011

Presidente anunciou que entidade vai manter as operações de ajuda aos bancos até julho de 2011, mas descartou compra extraordinária de bônus

O BCE anunciou que manterá a taxa de juros em 1% ao ano (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 12h12.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) garantiu nesta quinta-feira que vai proporcionar aos bancos comerciais da zona do euro toda a liquidez que necessitem até fins de junho do próximo ano, mas não anunciou medidas extraordinárias relacionadas com a compra de bônus como esperavam os mercados.

Em entrevista coletiva, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, disse que a entidade monetária mantém os leilões com procedimento de taxas de juros fixas e adjudicação plena nas operações de refinanciamento semanais, nas mensais e nas quais vencem aos três meses até finais de março.

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O conselho de Governo decidiu "continuar suas operações de refinanciamento principal (o leilão semanal) e as operações a prazo especial com um vencimento de mês com procedimento de leilão a taxas de juros fixo e adjudicação plena enquanto for necessário e, pelo menos, até 12 de abril de 2011", disse Trichet.

Além disso, o BCE conduzirá "as operações de refinanciamento a longo prazo com vencimento três meses de 26 de janeiro, 23 de fevereiro e 30 de março com procedimento de leilão a taxas de juros fixo com adjudicação plena".

Trichet insiste em que esta decisão, que representa um atraso na estratégia de retirada gradual das medidas extraordinárias aplicadas para enfrentar a crise, persegue "a adequada transmissão da política monetária" até que se normalize a situação nos mercados financeiros.

O BCE vai manter o programa de compra de dívida pública, apesar desta medida é de caráter temporário.

O Conselho do BCE manteve a taxa de juros na Eurozona em 1%, já que considera que este nível é apropriado para proporcionar estabilidade de preços a médio prazo, segundo Trichet.

"Estamos constantemente alerta e olhamos a reação dos mercados", disse Trichet.

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