BCE deverá manter juros após agravamento da crise de dívida
Situação de Itália e Espanha será o principal assunto da reunião do conselho do banco
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 12h25.
Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter nesta quinta-feira previsivelmente sua taxa reitora em 1,5%, em um momento em que está presente o agravamento da crise de endividamento da zona do euro.
O Conselho do BCE vai abordar em sua reunião a forte alta das gratificações de risco da dívida soberana da Espanha e Itália nas últimas semanas e o arrefecimento do crescimento da zona do euro.
A rentabilidade da dívida soberana espanhola para dez anos era nesta quarta-feira no meio do dia 6,21% e o prêmio de risco descia para 379,5 pontos básicos (385,6 pontos no dia anterior).
Por sua vez, o interesse dos bônus italianos para dez anos era de 5,93% e o prêmio de risco caía a 351,3 pontos (357,2 pontos no dia anterior).
Até agora, os mercados davam por certo que o banco europeu vai elevar as taxas de juros de novo de forma moderada no quarto trimestre, possivelmente em outubro, mas muitas coisas mudaram desde a reunião de julho por isso que o BCE poderia adiar seu próximo movimento, segundo os analistas do UniCredit.
A indústria da zona do euro mostrou em julho um notável esfriamento, que chegou a países como França e Alemanha, ao tempo que a inflação da zona do euro caiu 0,02%, para 2,5%.
Os mercados centrarão sua atenção na reação do BCE às atuais condições nos mercados financeiros e à crise de endividamento dos EUA.
Apesar do forte aumento da rentabilidade da dívida de muitos países da zona do euro e das gratificações de risco, o BCE não compra bônus há 18 semanas, desde o fim de março.
Apenas duas semanas após a cúpula realizada para referendar o segundo resgate à Grécia e estabilizar a situação na zona do euro, que foi só de curto prazo, as tensões voltaram aos mercados, onde os investidores se refugiam em ativos seguros e vendem os que consideram de risco.
O preço do ouro bateu recordes históricos e divisas como o franco-suíço, o iene e o dólar canadense alcançam valores máximos, frente a outras como o euro e o dólar.
O Banco Nacional Suíço (SNB) desceu inesperadamente sua taxa reitora para zero em reunião de emergência para enfrentar a dramática apreciação do franco-suíço, que prejudica as exportações e afeta negativamente à economia helvética.
A entidade monetária suíça reduziu a categoria para o juro interbancário Libor para três meses, entre zero e 0,25%, contra zero e 0,75% anterior, a fim de manter a taxa Libor tão próxima de zero quanto seja possível.
O euro ganhou posições contra o franco suíço, para 1,115 francos suíços, já que o Banco Nacional Suíço aumentou a liquidez no mercado e contemplou uma possível intervenção para alcançar seu objetivo.
Já o Banco do Japão reúne-se na sexta-feira e é possível que também intervenha nos mercados para frear a escalada do iene frente ao dólar, o que poderia impulsionar novamente a demanda de francos suíços.
Em 9 de agosto de 2007, o BCE e o Fed começaram a injetar números recorde de liquidez nos mercados para atenuar os efeitos da crise creditícia que desencadearam as hipotecas americanas de alto risco "subprime".
Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter nesta quinta-feira previsivelmente sua taxa reitora em 1,5%, em um momento em que está presente o agravamento da crise de endividamento da zona do euro.
O Conselho do BCE vai abordar em sua reunião a forte alta das gratificações de risco da dívida soberana da Espanha e Itália nas últimas semanas e o arrefecimento do crescimento da zona do euro.
A rentabilidade da dívida soberana espanhola para dez anos era nesta quarta-feira no meio do dia 6,21% e o prêmio de risco descia para 379,5 pontos básicos (385,6 pontos no dia anterior).
Por sua vez, o interesse dos bônus italianos para dez anos era de 5,93% e o prêmio de risco caía a 351,3 pontos (357,2 pontos no dia anterior).
Até agora, os mercados davam por certo que o banco europeu vai elevar as taxas de juros de novo de forma moderada no quarto trimestre, possivelmente em outubro, mas muitas coisas mudaram desde a reunião de julho por isso que o BCE poderia adiar seu próximo movimento, segundo os analistas do UniCredit.
A indústria da zona do euro mostrou em julho um notável esfriamento, que chegou a países como França e Alemanha, ao tempo que a inflação da zona do euro caiu 0,02%, para 2,5%.
Os mercados centrarão sua atenção na reação do BCE às atuais condições nos mercados financeiros e à crise de endividamento dos EUA.
Apesar do forte aumento da rentabilidade da dívida de muitos países da zona do euro e das gratificações de risco, o BCE não compra bônus há 18 semanas, desde o fim de março.
Apenas duas semanas após a cúpula realizada para referendar o segundo resgate à Grécia e estabilizar a situação na zona do euro, que foi só de curto prazo, as tensões voltaram aos mercados, onde os investidores se refugiam em ativos seguros e vendem os que consideram de risco.
O preço do ouro bateu recordes históricos e divisas como o franco-suíço, o iene e o dólar canadense alcançam valores máximos, frente a outras como o euro e o dólar.
O Banco Nacional Suíço (SNB) desceu inesperadamente sua taxa reitora para zero em reunião de emergência para enfrentar a dramática apreciação do franco-suíço, que prejudica as exportações e afeta negativamente à economia helvética.
A entidade monetária suíça reduziu a categoria para o juro interbancário Libor para três meses, entre zero e 0,25%, contra zero e 0,75% anterior, a fim de manter a taxa Libor tão próxima de zero quanto seja possível.
O euro ganhou posições contra o franco suíço, para 1,115 francos suíços, já que o Banco Nacional Suíço aumentou a liquidez no mercado e contemplou uma possível intervenção para alcançar seu objetivo.
Já o Banco do Japão reúne-se na sexta-feira e é possível que também intervenha nos mercados para frear a escalada do iene frente ao dólar, o que poderia impulsionar novamente a demanda de francos suíços.
Em 9 de agosto de 2007, o BCE e o Fed começaram a injetar números recorde de liquidez nos mercados para atenuar os efeitos da crise creditícia que desencadearam as hipotecas americanas de alto risco "subprime".