Banda de rock faz show movido a pedaladas
Os músicos do CO2Zero cantam sobre sustentabilidade e dão exemplo com geradores movidos a bicicletas ergométricas
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 09h28.
São Paulo – No show da banda de rock CO2Zero, de Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo, ninguém fica parado. Seja pelo som, seja pela causa que os integrantes defendem. Tudo no grupo remete à sustentabilidade, desde as letras das músicas, até a atitude: a energia elétrica usada para iluminação e para os próprios instrumentos é produzida por geradores movidos a pedaladas.
“São bicicletas ergométricas adaptadas a geradores elétricos. Toda a eletricidade que usamos vem das pedaladas, ou seja, tem que ter gente ajudando o tempo todo. Se não pedalar, não tem música”, diz Kleber Amedi, baixista da banda.
A ideia do projeto “Pedal Sustentável” é do baterista da CO2Zero, José Carlos Armelin. Formado em engenharia eletrônica e professor universitário, ele desenvolveu o sistema que conecta as bicicletas ao gerador e distribui a energia às luzes e amplificadores.
“O Armelin sempre foi preocupado com o meio-ambiente, e adora música e bicicleta. Ele decidiu unir as três coisas no mesmo projeto. Nós nos conhecemos em um show em que ele estava com a bateria, o gerador e a bicicleta”, diz Amedi, que é engenheiro químico e trabalha com saneamento e projetos de sustentabilidade há 15 anos.
No repertório, que é sucesso entre universitários e estudantes do ensino médio e fundamental, rock e pop são os ritmos de músicas que transmitem lições de sustentabilidade. É o caso de “Mundo das Sacolas”, paródia da canção “Flores”, dos Titãs: “Olhei até ficar cansado/de ver tantas sacolas de plástico/Chorei por ver descartadas/as sacolas que estão no canteiro.../A educação vai curar essas lástimas/As sacolas têm gosto de lágrimas...”.
'Ecochatos'
Todo o trabalho da banda é feito na base da conscientização, mas sem forçar a barra. “Não queremos o rótulo de 'ecochatos', 'biodesagradáveis'. Isso tem que ser algo prazeroso, natural, e sempre dando o exemplo”, diz Amedi. Portanto, nada de discursos pesados, ou discussões intermináveis. As mensagens são curtas e, na maioria das vezes, bem-humoradas.
Segundo o baixista, a fórmula tem dado certo. Os shows já deram origem a um projeto de reciclagem em Santa Bárbara do Oeste, e estimularam as pessoas a criar o hábito da “carona solidária”, para diminuir a circulação de carros durante a semana. Mas o maior sucesso são mesmo as bicicletas que abastecem de energia elétrica as apresentações. A banda até carrega a tiracolo um “pedalador oficial”, caso ninguém na plateia esteja em condições de ajudar. Mas geralmente não é o que acontece
”Em Uberaba, até uma senhora de 82 anos foi pedalar. As pessoas se sentem parte da banda”, afirma Amedi. Depois do show, elas saem precisando de um banho, que, diga-se de passagem, tem que ser curto. É como diz a letra de “Banho”: “Trabalhei o dia inteiro/ só quero chuveiro/ tenho placa solar/ pro meu banho esquentar/ mas nada disso adianta/se água eu desperdiçar/10 minutos de banho/bastam pra eu me lavar”.
São Paulo – No show da banda de rock CO2Zero, de Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo, ninguém fica parado. Seja pelo som, seja pela causa que os integrantes defendem. Tudo no grupo remete à sustentabilidade, desde as letras das músicas, até a atitude: a energia elétrica usada para iluminação e para os próprios instrumentos é produzida por geradores movidos a pedaladas.
“São bicicletas ergométricas adaptadas a geradores elétricos. Toda a eletricidade que usamos vem das pedaladas, ou seja, tem que ter gente ajudando o tempo todo. Se não pedalar, não tem música”, diz Kleber Amedi, baixista da banda.
A ideia do projeto “Pedal Sustentável” é do baterista da CO2Zero, José Carlos Armelin. Formado em engenharia eletrônica e professor universitário, ele desenvolveu o sistema que conecta as bicicletas ao gerador e distribui a energia às luzes e amplificadores.
“O Armelin sempre foi preocupado com o meio-ambiente, e adora música e bicicleta. Ele decidiu unir as três coisas no mesmo projeto. Nós nos conhecemos em um show em que ele estava com a bateria, o gerador e a bicicleta”, diz Amedi, que é engenheiro químico e trabalha com saneamento e projetos de sustentabilidade há 15 anos.
No repertório, que é sucesso entre universitários e estudantes do ensino médio e fundamental, rock e pop são os ritmos de músicas que transmitem lições de sustentabilidade. É o caso de “Mundo das Sacolas”, paródia da canção “Flores”, dos Titãs: “Olhei até ficar cansado/de ver tantas sacolas de plástico/Chorei por ver descartadas/as sacolas que estão no canteiro.../A educação vai curar essas lástimas/As sacolas têm gosto de lágrimas...”.
'Ecochatos'
Todo o trabalho da banda é feito na base da conscientização, mas sem forçar a barra. “Não queremos o rótulo de 'ecochatos', 'biodesagradáveis'. Isso tem que ser algo prazeroso, natural, e sempre dando o exemplo”, diz Amedi. Portanto, nada de discursos pesados, ou discussões intermináveis. As mensagens são curtas e, na maioria das vezes, bem-humoradas.
Segundo o baixista, a fórmula tem dado certo. Os shows já deram origem a um projeto de reciclagem em Santa Bárbara do Oeste, e estimularam as pessoas a criar o hábito da “carona solidária”, para diminuir a circulação de carros durante a semana. Mas o maior sucesso são mesmo as bicicletas que abastecem de energia elétrica as apresentações. A banda até carrega a tiracolo um “pedalador oficial”, caso ninguém na plateia esteja em condições de ajudar. Mas geralmente não é o que acontece
”Em Uberaba, até uma senhora de 82 anos foi pedalar. As pessoas se sentem parte da banda”, afirma Amedi. Depois do show, elas saem precisando de um banho, que, diga-se de passagem, tem que ser curto. É como diz a letra de “Banho”: “Trabalhei o dia inteiro/ só quero chuveiro/ tenho placa solar/ pro meu banho esquentar/ mas nada disso adianta/se água eu desperdiçar/10 minutos de banho/bastam pra eu me lavar”.