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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
Ao reduzir sua previsão de crescimento da economia chinesa no próximo ano, de 9,2% para 7,5%, o Banco Mundial avalia que, apesar do pacote de incentivos de US$ 586 bilhões para infra-estrutura e consumo, a economia chinesa não está descolada da desaceleração que ocorre no resto do mundo.
Segundo o relatório divulgado nesta terça-feira pelo órgão, mais de 50% das exportações chinesas têm como destino países emergentes. A desaceleração dessas economias deve se aliar à redução nas exportações americanas e levar à redução na produção e fechamento de empresas na China.
Um crescimento de 7,5% no Produto Interno Bruto (PIB) pode ser considerado alto quando comparado aos índices obtidos pela maioria dos demais países. Porém, para a China seria o menor crescimento em 19 anos. O setor imobiliário, um dos mais afetados pela crise até agora, seguirá em ritmo lento, afirmou o economista sênior do Banco Mundial, Louis Kuijs.
Mesmo esta previsão menor de crescimento está lastreada no pacote do governo e em outras linhas de crédito que a China vem negociando com o Banco Mundial para financiar o país e também outros emergentes. Segundo Kuijs, metade do crescimento previsto será reflexo dos gastos do governo chinês. Este ano, economia da China deve crescer 9,4% segundo o relatório do órgão internacional. A previsão era de crescimento de 9,8% até a metade deste ano.