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Austrália pede clemência com condenados à morte na Indonésia

Procurador-geral da Indonésia reforçou nesta quarta-feira que as execuções não serão adiadas ou canceladas por conta da pressão diplomática

Chanceler da Austrália, Julie Bishop: "Ele é um homem generoso e capaz de perdoar" (Yuya Shino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 10h21.

Sydney/Jakarta - A ministra das Relações Exteriores da Austrália apelou ao presidente da Indonésia nesta quarta-feira para pedir clemência com dois traficantes de drogas australianos que serão executados na Indonésia, expressando desapontamento pelo último pedido legal, que foi rejeitado.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, negou clemência a 11 condenados no corredor da morte, incluindo dois brasileiros, um deles já executado, e australianos, aumentando a tensão diplomática em meio a apelos de clemência.

O procurador-geral da Indonésia disse nesta quarta-feira que as execuções, que serão feitas por pelotões de fuzilamento, não serão adiadas ou canceladas por conta da pressão diplomática, mas se recusou a especificar uma data.

"Não importa quanta pressão vamos enfrentar, nós vamos continuar. Eu disse antes, isso é sobre reforçar a lei de maneira consistente", disse o procurador-geral H.M. Prasetyo à repórteres.

Cerca de 90 por cento das preparações para as execuções foram completas, disse Prasetyo. Autoridades só precisavam coordenar as transferências dos prisioneiros e preparar os pelotões de fuzilamento, completou, adicionando que as execuções acontecerão logo que possível.

Widodo, que recebeu ligações do Brasil, França e Holanda nesta semana - que possuem cidadãos no corredor da morte na Indonésia - advertiu estas nações sobre interferir nos assuntos soberanos da Indonésia.

A ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, disse à Sky News que a Austrália respeita o sistema legal da Indonésia.

"O que nós estamos pedindo é que o presidente Widodo mostre misericórdia com esses dois jovens australianos", disse a ministra. "Ele é um homem generoso e capaz de perdoar."

A Indonésia possui penalidades severas para tráfico de drogas e voltou a realizar execuções em 2013, após uma pausa de cinco anos.

Na terça-feira, o tribunal em Jacarta descartou a apelação dos dois australianos, Myuran Sukumaran, de 33 anos, e Andrew Chan, de 31, contra a rejeição de Widodo aos pedidos de clemência presidencial.

Advogados dos membros do grupo de australianos chamado Bali Nine, condenado em 2005 como líderes de um esquema para contrabandear heroína para fora da Indonésia, disseram que pretendem recorrer. Eles têm duas semanas para apresentar um recurso.

O governo australiano ressaltou que Skukumaran e Chan foram reabilitados na prisão, onde jovens reclusos são aconselhados.

"Eles estão contribuindo para o sistema carcerário da Indonésia e, de fato, a história da reabilitação deles é algo que a Indonésia pode se orgulhar", disse a ministra. "Nós acreditamos que suas vidas devem ser poupadas e que deveriam receber uma segunda chance", completou.

A ministra disse anteriormente que a Austrália iria considerar chamar seu embaixador na Indonésia em protesto casos as execuções sejam realizadas.

A Indonésia executou no mês passado o brasileiro Marco Archer, de 53 anos, após o governo indonésio rejeitar os pedidos de clemência do Brasil.

Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado à morte no país asiático por tráfico de drogas aguarda a decisão final sobre sua execução.

O Brasil e a Holanda já chamaram seus embaixadores após a Indonésia executar seus cidadãos por tráfico de drogas, no último mês.

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Sydney/Jakarta - A ministra das Relações Exteriores da Austrália apelou ao presidente da Indonésia nesta quarta-feira para pedir clemência com dois traficantes de drogas australianos que serão executados na Indonésia, expressando desapontamento pelo último pedido legal, que foi rejeitado.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, negou clemência a 11 condenados no corredor da morte, incluindo dois brasileiros, um deles já executado, e australianos, aumentando a tensão diplomática em meio a apelos de clemência.

O procurador-geral da Indonésia disse nesta quarta-feira que as execuções, que serão feitas por pelotões de fuzilamento, não serão adiadas ou canceladas por conta da pressão diplomática, mas se recusou a especificar uma data.

"Não importa quanta pressão vamos enfrentar, nós vamos continuar. Eu disse antes, isso é sobre reforçar a lei de maneira consistente", disse o procurador-geral H.M. Prasetyo à repórteres.

Cerca de 90 por cento das preparações para as execuções foram completas, disse Prasetyo. Autoridades só precisavam coordenar as transferências dos prisioneiros e preparar os pelotões de fuzilamento, completou, adicionando que as execuções acontecerão logo que possível.

Widodo, que recebeu ligações do Brasil, França e Holanda nesta semana - que possuem cidadãos no corredor da morte na Indonésia - advertiu estas nações sobre interferir nos assuntos soberanos da Indonésia.

A ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, disse à Sky News que a Austrália respeita o sistema legal da Indonésia.

"O que nós estamos pedindo é que o presidente Widodo mostre misericórdia com esses dois jovens australianos", disse a ministra. "Ele é um homem generoso e capaz de perdoar."

A Indonésia possui penalidades severas para tráfico de drogas e voltou a realizar execuções em 2013, após uma pausa de cinco anos.

Na terça-feira, o tribunal em Jacarta descartou a apelação dos dois australianos, Myuran Sukumaran, de 33 anos, e Andrew Chan, de 31, contra a rejeição de Widodo aos pedidos de clemência presidencial.

Advogados dos membros do grupo de australianos chamado Bali Nine, condenado em 2005 como líderes de um esquema para contrabandear heroína para fora da Indonésia, disseram que pretendem recorrer. Eles têm duas semanas para apresentar um recurso.

O governo australiano ressaltou que Skukumaran e Chan foram reabilitados na prisão, onde jovens reclusos são aconselhados.

"Eles estão contribuindo para o sistema carcerário da Indonésia e, de fato, a história da reabilitação deles é algo que a Indonésia pode se orgulhar", disse a ministra. "Nós acreditamos que suas vidas devem ser poupadas e que deveriam receber uma segunda chance", completou.

A ministra disse anteriormente que a Austrália iria considerar chamar seu embaixador na Indonésia em protesto casos as execuções sejam realizadas.

A Indonésia executou no mês passado o brasileiro Marco Archer, de 53 anos, após o governo indonésio rejeitar os pedidos de clemência do Brasil.

Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado à morte no país asiático por tráfico de drogas aguarda a decisão final sobre sua execução.

O Brasil e a Holanda já chamaram seus embaixadores após a Indonésia executar seus cidadãos por tráfico de drogas, no último mês.

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