Aumenta uso de madeira para gerar energia como alternativa à nuclear
Consumo do material aumentou nos EUA e na Europa depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 15h20.
Genebra - A demanda por madeira destinada à produção de energia aumenta de maneira estável e os analistas do setor acreditam que a tendência será reforçada com a decisão de alguns países industrializados de privilegiar fontes de energia renováveis e limpas frente à nuclear.
Assim revela a revista anual do mercado de produtos florestais da Comissão Econômica da ONU para a Europa (Unece), que indica que o consumo de produtos florestais em geral nas regiões da América do Norte, Europa e os países do antigo bloco soviético subiu 5,6% no ano passado.
O giro dado por certos países europeus em matéria energética após o acidente nuclear de Fukushima - como o anúncio da Alemanha de abandonar totalmente a energia atômica até 2022 -, mas também o aumento do preço do petróleo e do carvão impulsionou fortemente o mercado da madeira.
Esta matéria-prima é reconhecida como uma fonte de energia renovável e neutra do ponto de vista das emissões de dióxido de carbono.
Mas o crescimento mais marcado foi o experimentado nos últimos anos pelos "pellets" de madeira (serragem compactada que apresenta um fator de combustão elevado), utilizados para a geração de eletricidade, segundo a publicação divulgada nesta quarta-feira.
De uma capacidade de produção de 9 milhões de toneladas em nível mundial - a metade na Europa - passou para 16 milhões de toneladas no ano passado, dois milhões menos que a capacidade total calculada.
Estima-se que este ano a produção alcançará os 20 milhões de toneladas e que o aumento anual do consumo será da ordem de 11% até o ano 2020.
Esta tendência, no entanto, pode resultar inquietante para outros setores, por isso que envolveria em termos de abastecimento e do preço da madeira, reconheceu um analista da Unece, Douglas Clark.
Europa é o primeiro consumidor de "pellets", com Suécia como o maior comprador com 20% do total mundial.
O primeiro exportador e principal abastecedor mundial é o Canadá, embora o organismo considere que esta situação evoluirá com o desenvolvimento das capacidades de produção na Rússia.
A revista avalia como "destacável" o crescimento do setor florestal na China na última década, onde a produção duplicou nos últimos cinco anos, alcançando US$ 300 bilhões em 2010.
Entre 2009 e 2010, a produção de produtos florestais na China aumentou 29% e se transformou já no primeiro produtor mundial de tabuleiros de madeira.
Além disso, nos dez últimos anos duplicou a de papel, polpa e papelão, dos quais agora produz 25% do total mundial.
Os analistas classificam a madeira como matéria muito "versátil", pois além dos produtos mais óbvios que podem ser extraídos dela, também participa da produção de têxteis, aditivos alimentícios (com base em celulose), telas ópticas para computadores portáteis, celulares, entre outros artigos.
Genebra - A demanda por madeira destinada à produção de energia aumenta de maneira estável e os analistas do setor acreditam que a tendência será reforçada com a decisão de alguns países industrializados de privilegiar fontes de energia renováveis e limpas frente à nuclear.
Assim revela a revista anual do mercado de produtos florestais da Comissão Econômica da ONU para a Europa (Unece), que indica que o consumo de produtos florestais em geral nas regiões da América do Norte, Europa e os países do antigo bloco soviético subiu 5,6% no ano passado.
O giro dado por certos países europeus em matéria energética após o acidente nuclear de Fukushima - como o anúncio da Alemanha de abandonar totalmente a energia atômica até 2022 -, mas também o aumento do preço do petróleo e do carvão impulsionou fortemente o mercado da madeira.
Esta matéria-prima é reconhecida como uma fonte de energia renovável e neutra do ponto de vista das emissões de dióxido de carbono.
Mas o crescimento mais marcado foi o experimentado nos últimos anos pelos "pellets" de madeira (serragem compactada que apresenta um fator de combustão elevado), utilizados para a geração de eletricidade, segundo a publicação divulgada nesta quarta-feira.
De uma capacidade de produção de 9 milhões de toneladas em nível mundial - a metade na Europa - passou para 16 milhões de toneladas no ano passado, dois milhões menos que a capacidade total calculada.
Estima-se que este ano a produção alcançará os 20 milhões de toneladas e que o aumento anual do consumo será da ordem de 11% até o ano 2020.
Esta tendência, no entanto, pode resultar inquietante para outros setores, por isso que envolveria em termos de abastecimento e do preço da madeira, reconheceu um analista da Unece, Douglas Clark.
Europa é o primeiro consumidor de "pellets", com Suécia como o maior comprador com 20% do total mundial.
O primeiro exportador e principal abastecedor mundial é o Canadá, embora o organismo considere que esta situação evoluirá com o desenvolvimento das capacidades de produção na Rússia.
A revista avalia como "destacável" o crescimento do setor florestal na China na última década, onde a produção duplicou nos últimos cinco anos, alcançando US$ 300 bilhões em 2010.
Entre 2009 e 2010, a produção de produtos florestais na China aumentou 29% e se transformou já no primeiro produtor mundial de tabuleiros de madeira.
Além disso, nos dez últimos anos duplicou a de papel, polpa e papelão, dos quais agora produz 25% do total mundial.
Os analistas classificam a madeira como matéria muito "versátil", pois além dos produtos mais óbvios que podem ser extraídos dela, também participa da produção de têxteis, aditivos alimentícios (com base em celulose), telas ópticas para computadores portáteis, celulares, entre outros artigos.