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Aumenta a temperatura no debate político em Portugal

As cobrança e acusações ao governo aconteceram no debate que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho participa quinzenalmente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Lisboa – A recessão e o desemprego fizeram os políticos elevarem o tom da cobrança de ações adequadas e as acusações ao governo no debate que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho participa quinzenalmente na Assembleia da República Portuguesa.

“Este governo é um absoluto fracasso”, disse Heloísa Apolónia, líder do Partido Ecologista, durante a sabatina do chefe de Governo. Para o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, “se nada for feito, em breve mais de 1 milhão de pessoas engrossarão as fileiras da pobreza”. O secretário-geral do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, lamentou: “entre os muitos cortes que o governo tem feito está o corte da esperança”.

O Partido Socialista foi mais duro. O deputado António Seguro acusou o primeiro-ministro de “despreparo”, “incompetência” e “inconsciência”. Ele provocou: “O que o senhor está a fazer aí?”; “a maior tragédia desse país é o seu primeiro-ministro”, disse e destacou: “O senhor não tem soluções para resolver o desemprego e nem a espiral recessiva”.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, reagiu cobrando propostas alternativas e apontando números da dívida pública no governo anterior. Ele disse que está resolvendo problemas estruturais da economia portuguesa. “O que marca a sensibilidade social do governo é a disposição em mudar a estrutura”, disse.


O primeiro-ministro chegou a ser interrompido por cerca de 30 manifestantes do movimento Que se Lixe a Troika! que, da galeria da Assembleia da República, entoou de pé a canção Grândola, Vila Morena. A música foi banida pelo regime do Estado Novo português e associada à Revolução dos Cravos, de 1974. “De todas as formas que uma sessão possa ser interrompida, essa me parece de mais bom gosto”, reagiu Passos Coelho em tom amistoso.

Nos próximos dias, Portugal viverá várias manifestações contra a política econômica. Amanhã, sábado, a Confederação Geral dos Trabalhadores promove protestos em 20 cidades. No dia 2 de março, haverá manifestações contra o governo, inclusive nos Estados Unidos e em frente à Embaixada de Portugal em Londres.

Hoje o Instituto Nacional de Estatística divulgou mais um indicador que ilustra a situação de recessão e poderá engrossar os protestos em Portugal. O Índice de Custo do Trabalho - formando pelo valor dos salários e gastos com seguridade social - caiu 14,9% nos últimos três meses de 2012.

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“Este governo é um absoluto fracasso”, disse Heloísa Apolónia, líder do Partido Ecologista, durante a sabatina do chefe de Governo. Para o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, “se nada for feito, em breve mais de 1 milhão de pessoas engrossarão as fileiras da pobreza”. O secretário-geral do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, lamentou: “entre os muitos cortes que o governo tem feito está o corte da esperança”.

O Partido Socialista foi mais duro. O deputado António Seguro acusou o primeiro-ministro de “despreparo”, “incompetência” e “inconsciência”. Ele provocou: “O que o senhor está a fazer aí?”; “a maior tragédia desse país é o seu primeiro-ministro”, disse e destacou: “O senhor não tem soluções para resolver o desemprego e nem a espiral recessiva”.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, reagiu cobrando propostas alternativas e apontando números da dívida pública no governo anterior. Ele disse que está resolvendo problemas estruturais da economia portuguesa. “O que marca a sensibilidade social do governo é a disposição em mudar a estrutura”, disse.


O primeiro-ministro chegou a ser interrompido por cerca de 30 manifestantes do movimento Que se Lixe a Troika! que, da galeria da Assembleia da República, entoou de pé a canção Grândola, Vila Morena. A música foi banida pelo regime do Estado Novo português e associada à Revolução dos Cravos, de 1974. “De todas as formas que uma sessão possa ser interrompida, essa me parece de mais bom gosto”, reagiu Passos Coelho em tom amistoso.

Nos próximos dias, Portugal viverá várias manifestações contra a política econômica. Amanhã, sábado, a Confederação Geral dos Trabalhadores promove protestos em 20 cidades. No dia 2 de março, haverá manifestações contra o governo, inclusive nos Estados Unidos e em frente à Embaixada de Portugal em Londres.

Hoje o Instituto Nacional de Estatística divulgou mais um indicador que ilustra a situação de recessão e poderá engrossar os protestos em Portugal. O Índice de Custo do Trabalho - formando pelo valor dos salários e gastos com seguridade social - caiu 14,9% nos últimos três meses de 2012.

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