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Atentados em cidades da Síria deixam ao menos 43 mortos

"Os ataques foram executados tendo, claramente, como alvos posições das forças de segurança", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio

Explosões: o ataque mais violento aconteceu em uma ponte da cidade de Tartus (SANA/Handout/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 09h03.

Ao menos 43 pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de atentados em várias cidades da Síria , essencialmente controladas pelo regime, como a província costeira de Tartus, informou a imprensa estatal.

O ataque mais violento aconteceu em uma ponte da cidade de Tartus, e deixou 30 mortos e 45 feridos. Um carro-bomba explodiu e pouco depois um homem-bomba detonou os explosivos amarrados a seu corpo no meio das pessoas que tentavam socorrer os feridos da primeira explosão.

Os atentados não foram reivindicados, mas o grupo Estado Islâmico ( EI ) já atacou diversas vezes as cidades atingidas nesta segunda-feira.

"Os ataques foram executados tendo, claramente, como alvos posições das forças de segurança", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os atentados acontecem pouco depois de o EI ter perdido suas últimas posições ao longo da fronteira com a Turquia, assim como do sucesso do exército sírio e seus aliados ao cercar os bairros rebeldes de Aleppo.

Tartus conseguiu ficar por muito tempo à margem da violência da guerra na Síria, que provocou 290.000 mortes desde 2011 e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas.

Mas no dia 23 de maio vários atentados, incluindo ataques suicidas reivindicados pelo EI, deixaram mais de 170 mortos em Tartus e em outro reduto do regime, Jableh.

Outros ataques na região nordeste do país provocaram oito mortes nesta segunda-feira em Hasake, uma localidade controlada quase por completo pelas milícias curdas, apesar do regime estar presente em algumas áreas.

Além disso, a explosão de um carro-bomba deixou quatro mortos e sete feridos em Homs (centro), segundo a agência oficial Sana.

Outra explosão também foi registrada em uma estrada na zona oeste da capital, Damasco. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.

- Fracasso diplomático no G20 -

A Síria também é destaque na reunião do G20 na China, onde Estados Unidos e Rússia fracassaram na tentativa de alcançar um acordo sobre a guerra no país por causa das divergências persistentes, informou uma fonte diplomática americana.

As negociações entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, terminaram sem acordo, segundo a fonte.

No domingo, Washington acusou Moscou de ter recuado em alguns pontos das negociações, o que tornou impossível um acordo entre as duas potências.

Estados Unidos e Rússia, que executam ataques aéreos na Síria contra os extremistas, mas de modo separado, discordam sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad, que continua atacando a oposição síria com o apoio da Rússia.

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Ao menos 43 pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de atentados em várias cidades da Síria , essencialmente controladas pelo regime, como a província costeira de Tartus, informou a imprensa estatal.

O ataque mais violento aconteceu em uma ponte da cidade de Tartus, e deixou 30 mortos e 45 feridos. Um carro-bomba explodiu e pouco depois um homem-bomba detonou os explosivos amarrados a seu corpo no meio das pessoas que tentavam socorrer os feridos da primeira explosão.

Os atentados não foram reivindicados, mas o grupo Estado Islâmico ( EI ) já atacou diversas vezes as cidades atingidas nesta segunda-feira.

"Os ataques foram executados tendo, claramente, como alvos posições das forças de segurança", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os atentados acontecem pouco depois de o EI ter perdido suas últimas posições ao longo da fronteira com a Turquia, assim como do sucesso do exército sírio e seus aliados ao cercar os bairros rebeldes de Aleppo.

Tartus conseguiu ficar por muito tempo à margem da violência da guerra na Síria, que provocou 290.000 mortes desde 2011 e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas.

Mas no dia 23 de maio vários atentados, incluindo ataques suicidas reivindicados pelo EI, deixaram mais de 170 mortos em Tartus e em outro reduto do regime, Jableh.

Outros ataques na região nordeste do país provocaram oito mortes nesta segunda-feira em Hasake, uma localidade controlada quase por completo pelas milícias curdas, apesar do regime estar presente em algumas áreas.

Além disso, a explosão de um carro-bomba deixou quatro mortos e sete feridos em Homs (centro), segundo a agência oficial Sana.

Outra explosão também foi registrada em uma estrada na zona oeste da capital, Damasco. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.

- Fracasso diplomático no G20 -

A Síria também é destaque na reunião do G20 na China, onde Estados Unidos e Rússia fracassaram na tentativa de alcançar um acordo sobre a guerra no país por causa das divergências persistentes, informou uma fonte diplomática americana.

As negociações entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, terminaram sem acordo, segundo a fonte.

No domingo, Washington acusou Moscou de ter recuado em alguns pontos das negociações, o que tornou impossível um acordo entre as duas potências.

Estados Unidos e Rússia, que executam ataques aéreos na Síria contra os extremistas, mas de modo separado, discordam sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad, que continua atacando a oposição síria com o apoio da Rússia.

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