Atentado em São Petesburgo
Uma explosão no metrô da cidade russa de São Petersburgo deixou pelo menos 11 mortos e 39 feridos nesta segunda-feira. As suspeitas apontam para um atentado terrorista, mas autoridades locais não descartam outras hipóteses. A explosão ocorreu às 14h40 (8h40 de Brasília), um horário de pouca movimentação — o metrô da cidade transporta 2 milhões […]
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2017 às 18h59.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h48.
Uma explosão no metrô da cidade russa de São Petersburgo deixou pelo menos 11 mortos e 39 feridos nesta segunda-feira. As suspeitas apontam para um atentado terrorista, mas autoridades locais não descartam outras hipóteses.
A explosão ocorreu às 14h40 (8h40 de Brasília), um horário de pouca movimentação — o metrô da cidade transporta 2 milhões de pessoas todos os dias. Segundo fontes da agência de notícias russa Interfax, o explosivo estava escondido numa mala e foi coberto por estilhaços para aumentar os danos. Outra bomba foi encontrada numa estação vizinha, mas desarmada antes de explodir. O metrô suspendeu temporariamente as operações temendo novos ataques, e o prefeito da cidade, Georgi S. Poltavchenko, pediu aos cidadãos que fiquem “alertas” e sejam “cautelosos”.
O atentado ocorreu justamente no dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, estava em São Petersburgo — sua terra natal e segunda maior cidade da Rússia. O mandatário se reuniria com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, seu tradicional aliado, para discutir segurança e a relação com a Otan, organização militar de países do Ocidente.
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, demonstrou apoio à Rússia, afirmando que “os terroristas” são “um grande oponente comum”. Em Washington, o presidente americano, Donald Trump, disse que o caso foi uma “coisa terrível que está acontecendo em todo o mundo”. Até a noite desta segunda-feira, nenhum grupo havia reivindicado a autoria do atentado, mas os principais suspeitos são os militantes separatistas da Chechênia.
A Rússia vem sendo alvo de frequentes ataques terroristas, sobretudo vindos de militantes separatistas da Chechênia. Foram pelo menos 11 ataques desde que Putin assumiu como primeiro-ministro em 1999. A atuação russa contra o Estado Islâmico na Síria também pode ter desencadeado represálias.
Putin foi cauteloso e, num pronunciamento na TV, afirmou que ainda é “muito cedo” para determinar as causas do ocorrido. Em 1999, um atentado no centro de Moscou levou o governo de Putin a invadir a Chechênia e iniciar uma guerra no país. Desta vez, é possível que o episódio de São Petersburgo aumente as justificativas russas para uma escalada militar.