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Atentado contra tribunal deixa 13 mortos no Paquistão

Um homem lançou granadas no local, antes de detonar um cinturão de explosivos no meio da multidão, afirmou à AFP o policial Faisal Shehzad

Atentado: o ataque não foi reivindicado até o momento (Khuram Parvez/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2016 às 10h49.

Ao menos 13 pessoas morreram na manhã desta sexta-feira em um atentado suicida em um tribunal do noroeste do Paquistão , assim como um guarda morreu quando homens-bomba pretendiam atacar um bairro cristão de Peshawar.

O novo atentado contra a justiça paquistanesa, em um tribunal da cidade de Mardan, também deixou 38 feridos.

De acordo com a polícia, entre as vítimas fatais estão três agentes e quatro advogados. O porta-voz do serviço de emergência de Mardan divulgou um balanço de 12 mortos e 54 feridos.

Um homem lançou granadas no local, antes de detonar um cinturão de explosivos no meio da multidão, afirmou à AFP o policial Faisal Shehzad.

O ataque, que não foi reivindicado até o momento, aconteceu três semanas depois de um atentado suicida que matou vários advogados em Quetta, capital da província do Baluchistão, no sudoeste do país.

Advogados e juízes são alvos frequentes de ataques no Paquistão, país que é cenário de uma insurgência jihadista.

As equipes de emergência tentavam trabalhar em meio a pedaços de corpos e escritórios destruídos, cercados por poças de sangue.

"Há poeira por todos os lados, as pessoas gritam", declarou Amir Hussain, presidente da Ordem dos Advogados de Mardan, que estava em um prédio vizinho ao local da explosão.

Com o terno manchado de sangue, ele afirmou ter ajudado a colocar os feridos em carros que seguiram para o hospital.

"Não sabia se os que transportávamos estavam mortos ou vivos", contou.

"Os advogados são atacados porque são um elemento importante da democracia e os terroristas são contrárias à democracia", disse.

A 60 km de Mardan, outro ataque aconteceu em um bairro cristão da periferia de Peshawar, onde os quatro homens-bomba e um guarda morreram, informou o exército.

Os militares, apoiados por helicópteros, trocaram tiros com os criminosos que atacaram o bairro, ao norte de Peshawar, capital da província del Khyber Pakhtunkhwa.

Uma facção dos talibãs paquistaneses, Jamaat-ul-Ahrar (JuA), reivindicou o ataque em uma mensagem, na qual cita a morte de vários "infiéis". Os insurgentes são conhecidos por exagerar os balanços.

Esta facção do movimento talibã paquistanês (TTP) também reivindicou os dois ataques mais violentos de 2016 no país: um atentado suicida contra os cristãos em Lahore (centro) que deixou 75 mortos no fim de semana da Páscoa e a ação contra os advogados de Quetta (sudoeste), que provocou 73 mortes em 8 de agosto.

A discriminação e a violência afetam diariamente as minorias no Paquistão, república islâmica na qual mais de 90% da população se declara muçulmana.

O exército mantém desde junho de 2014 uma operação para desmantelar as bases dos vários grupos islamitas armados que operava até então de forma impune, em especial nas zonas tribais do noroeste do país, na fronteira com o Afeganistão.

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Ao menos 13 pessoas morreram na manhã desta sexta-feira em um atentado suicida em um tribunal do noroeste do Paquistão , assim como um guarda morreu quando homens-bomba pretendiam atacar um bairro cristão de Peshawar.

O novo atentado contra a justiça paquistanesa, em um tribunal da cidade de Mardan, também deixou 38 feridos.

De acordo com a polícia, entre as vítimas fatais estão três agentes e quatro advogados. O porta-voz do serviço de emergência de Mardan divulgou um balanço de 12 mortos e 54 feridos.

Um homem lançou granadas no local, antes de detonar um cinturão de explosivos no meio da multidão, afirmou à AFP o policial Faisal Shehzad.

O ataque, que não foi reivindicado até o momento, aconteceu três semanas depois de um atentado suicida que matou vários advogados em Quetta, capital da província do Baluchistão, no sudoeste do país.

Advogados e juízes são alvos frequentes de ataques no Paquistão, país que é cenário de uma insurgência jihadista.

As equipes de emergência tentavam trabalhar em meio a pedaços de corpos e escritórios destruídos, cercados por poças de sangue.

"Há poeira por todos os lados, as pessoas gritam", declarou Amir Hussain, presidente da Ordem dos Advogados de Mardan, que estava em um prédio vizinho ao local da explosão.

Com o terno manchado de sangue, ele afirmou ter ajudado a colocar os feridos em carros que seguiram para o hospital.

"Não sabia se os que transportávamos estavam mortos ou vivos", contou.

"Os advogados são atacados porque são um elemento importante da democracia e os terroristas são contrárias à democracia", disse.

A 60 km de Mardan, outro ataque aconteceu em um bairro cristão da periferia de Peshawar, onde os quatro homens-bomba e um guarda morreram, informou o exército.

Os militares, apoiados por helicópteros, trocaram tiros com os criminosos que atacaram o bairro, ao norte de Peshawar, capital da província del Khyber Pakhtunkhwa.

Uma facção dos talibãs paquistaneses, Jamaat-ul-Ahrar (JuA), reivindicou o ataque em uma mensagem, na qual cita a morte de vários "infiéis". Os insurgentes são conhecidos por exagerar os balanços.

Esta facção do movimento talibã paquistanês (TTP) também reivindicou os dois ataques mais violentos de 2016 no país: um atentado suicida contra os cristãos em Lahore (centro) que deixou 75 mortos no fim de semana da Páscoa e a ação contra os advogados de Quetta (sudoeste), que provocou 73 mortes em 8 de agosto.

A discriminação e a violência afetam diariamente as minorias no Paquistão, república islâmica na qual mais de 90% da população se declara muçulmana.

O exército mantém desde junho de 2014 uma operação para desmantelar as bases dos vários grupos islamitas armados que operava até então de forma impune, em especial nas zonas tribais do noroeste do país, na fronteira com o Afeganistão.

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