Ataques matam pelo menos 36 no Congo; rebeldes são suspeitos
Esse é o mais fatal massacre deste ano na região, que tem sido devastada por conflitos
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2016 às 11h32.
Kinshasha - Ao menos 36 civis foram mortos no norte da República Democrática do Congo em ataques conduzidos por suspeitos de pertencerem a grupos rebeldes, disse o governo local neste domingo, marcando o mais fatal massacre deste ano na região, que tem sido devastada por conflitos.
Os suspeitos agrediram até a morte 22 homens e 14 mulheres na noite de sábado em suas casas e em campos nos arredores do centro comercial de Beni, disse o governador local Julien Paluku em comunicado.
A população de Beni "foi atingida mais uma vez por atos terroristas de diversas origens, cujo objetivo é sabotar os esforços de paz realizados nos últimos dois anos", disse ele.
Ativistas locais disseram que mais de 500 civis foram mortos perto de Beni desde outubro de 2014, a maioria em ataques durante a noite realizados por rebeldes com facões e machados.
O porta-voz do exército local, Mak Hazukay, disse à Reuters que o ataque foi realizado no início da noite por rebeldes das Forças Aliadas Democráticas (ADF, na sigla em inglês), milícia islâmica da Uganda que opera no leste do Congo desde os anos de 1990. A ADF, uma organização secreta com apenas algumas centenas de combatentes, não comentou.
Hazukay afirmou que o ataque foi uma represália pelas operações do exército contra a ADF, a quem o governo atribui responsabilidade por quase todos os ataques próximos a Beni no último ano.
No entanto, um painel de especialistas das Nações Unidas e analistas independentes dizem que outros grupos armados, incluindo soldados do Congo, estão envolvidos em ataques contra civis.
Este pareceu ser o ataque mais fatal na região desde um realizado em novembro de 2014, também atribuído à ADF, que matou 80 pessoas. "O objetivo do ataque é incitar a população a se levantar contra nós", disse Hazukay.
Omar Kavota, diretor executivo do Centro de Estudo para a Promoção da Paz, Democracia e Direitos Humanos que documenta a violência em Kivu do Norte, disse ter recebido relatos de 50 mortos.
O leste do Congo sofre com dezenas de grupos armados que atacam cidadãos locais e exploram suas reservas minerais. Milhões morreram no local entre 1996 e 2003, conforme um conflito regional causou fome e doenças. Analistas dizem que falta de inteligência, coordenação e recursos tornaram o exército do Congo e as forças de paz da ONU no país ineficazes contra a pequena força da ADF, elevando a tensão na região.
No domingo, dezenas tomaram as ruas de Beni, erguendo barricadas em protesto contra a incapacidade do exército de lidar com os ataques, segundo testemunhas.
Kinshasha - Ao menos 36 civis foram mortos no norte da República Democrática do Congo em ataques conduzidos por suspeitos de pertencerem a grupos rebeldes, disse o governo local neste domingo, marcando o mais fatal massacre deste ano na região, que tem sido devastada por conflitos.
Os suspeitos agrediram até a morte 22 homens e 14 mulheres na noite de sábado em suas casas e em campos nos arredores do centro comercial de Beni, disse o governador local Julien Paluku em comunicado.
A população de Beni "foi atingida mais uma vez por atos terroristas de diversas origens, cujo objetivo é sabotar os esforços de paz realizados nos últimos dois anos", disse ele.
Ativistas locais disseram que mais de 500 civis foram mortos perto de Beni desde outubro de 2014, a maioria em ataques durante a noite realizados por rebeldes com facões e machados.
O porta-voz do exército local, Mak Hazukay, disse à Reuters que o ataque foi realizado no início da noite por rebeldes das Forças Aliadas Democráticas (ADF, na sigla em inglês), milícia islâmica da Uganda que opera no leste do Congo desde os anos de 1990. A ADF, uma organização secreta com apenas algumas centenas de combatentes, não comentou.
Hazukay afirmou que o ataque foi uma represália pelas operações do exército contra a ADF, a quem o governo atribui responsabilidade por quase todos os ataques próximos a Beni no último ano.
No entanto, um painel de especialistas das Nações Unidas e analistas independentes dizem que outros grupos armados, incluindo soldados do Congo, estão envolvidos em ataques contra civis.
Este pareceu ser o ataque mais fatal na região desde um realizado em novembro de 2014, também atribuído à ADF, que matou 80 pessoas. "O objetivo do ataque é incitar a população a se levantar contra nós", disse Hazukay.
Omar Kavota, diretor executivo do Centro de Estudo para a Promoção da Paz, Democracia e Direitos Humanos que documenta a violência em Kivu do Norte, disse ter recebido relatos de 50 mortos.
O leste do Congo sofre com dezenas de grupos armados que atacam cidadãos locais e exploram suas reservas minerais. Milhões morreram no local entre 1996 e 2003, conforme um conflito regional causou fome e doenças. Analistas dizem que falta de inteligência, coordenação e recursos tornaram o exército do Congo e as forças de paz da ONU no país ineficazes contra a pequena força da ADF, elevando a tensão na região.
No domingo, dezenas tomaram as ruas de Beni, erguendo barricadas em protesto contra a incapacidade do exército de lidar com os ataques, segundo testemunhas.