Ataque contra prédio do governo no Afeganistão fere 70
Explosão de um caminhão-bomba dos talebans na entrada de prédio governamental no sul do Afeganistão deixou mais de 70 feridos
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 21h02.
Kandahar - A explosão de um caminhão-bomba dos talebans com uma tonelada de explosivos na entrada de um complexo governamental no sul do Afeganistão deixou mais de 70 feridos nesta segunda-feira.
Mulheres e crianças ficaram feridas neste ataque em Qalat, capital da província de Zabul, na entrada de um complexo de edifícios que abriga as dependências do governo da província.
Os ataques dos talebans se intensificaram contra alvos estrangeiros e governamentais, apesar dos pedidos reiterados de Cabul de retomar as negociações de paz com os insurgentes.
"Setenta e três pessoas ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças, no ataque suicida", disse à AFP o chefe-adjunto da polícia provincial, Ghulam Jilani.
O chefe da polícia da província, Mirwais Noorzai, disse que mais de setenta pessoas tinham ficado feridas e que quatro delas se encontravam em estado crítico.
Um balanço anterior da polícia reportou 40 feridos.
"Foram usados cerca de 1.000 quilos de explosivos no ataque", acrescentou Noorzai.
Seis oficiais da polícia e quatro membros do conselho provincial também estão entre os feridos, bem como funcionários do governo e moradores da área.
No distrito de Shahwalikot, na província de Kandahar (sul), pelo menos seis civis morreram quando a picape em que estavam bateu em um carro-bomba, anunciaram as autoridades sem dar maiores informações.
Os talebans, que combatem há 13 anos o governo afegão, apoiado pelos Estados Unidos, reivindicaram o ataque.
Os talebans afegãos lançaram sua ofensiva de primavera, denominada "Azm" (Determinação) no fim de abril, prometendo ataques por todo o país nesta que pode ser a temporada de combates mais sangrenta da última década, depois que as forças da Otan se retiraram do front.
Também em Cabul, em 19 de maio passado, a explosão de um carro-bomba dos talebans em um estacionamento do ministério da Justiça matou quatro pessoas e deixou dezenas de feridos.
Aumenta o número de civis mortos
Segundo a Missão de Assistência no Afeganistão das Nações Unidas (Unama), nos primeiros quatro meses de 2015, as mortes de civis aumentaram 16% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O governo afegão tem sido criticado por sua incapacidade de parar os ataques dos insurgentes, um fato que é atribuído a disputas políticas internas e atrasos para formar um gabinete.
Na quinta-feira passada, o presidente Mohamad Ashraf Ghani propôs Masoom Stanekzai, secretário da agência responsável pelo processo de paz do país, para o cargo de ministro da Defesa, uma proposta que deve ainda ser aprovada pelo Parlamento.
A posição foi deixada vaga por divergências entre Ghani e seu chefe do executivo, seu ex-rival na eleição presidencial de 2014 Abdullah Abdullah, que apoiou outro candidato.
Desde a saída de maior parte das tropas de combate da Otan, em dezembro, as forças de segurança afegãs enfrentam sozinhas a insurreição dos talebans. Uma força de 12.500 homens ficou sob a bandeira da Otan para colaborar na formação do exército local até 2016.
Kandahar - A explosão de um caminhão-bomba dos talebans com uma tonelada de explosivos na entrada de um complexo governamental no sul do Afeganistão deixou mais de 70 feridos nesta segunda-feira.
Mulheres e crianças ficaram feridas neste ataque em Qalat, capital da província de Zabul, na entrada de um complexo de edifícios que abriga as dependências do governo da província.
Os ataques dos talebans se intensificaram contra alvos estrangeiros e governamentais, apesar dos pedidos reiterados de Cabul de retomar as negociações de paz com os insurgentes.
"Setenta e três pessoas ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças, no ataque suicida", disse à AFP o chefe-adjunto da polícia provincial, Ghulam Jilani.
O chefe da polícia da província, Mirwais Noorzai, disse que mais de setenta pessoas tinham ficado feridas e que quatro delas se encontravam em estado crítico.
Um balanço anterior da polícia reportou 40 feridos.
"Foram usados cerca de 1.000 quilos de explosivos no ataque", acrescentou Noorzai.
Seis oficiais da polícia e quatro membros do conselho provincial também estão entre os feridos, bem como funcionários do governo e moradores da área.
No distrito de Shahwalikot, na província de Kandahar (sul), pelo menos seis civis morreram quando a picape em que estavam bateu em um carro-bomba, anunciaram as autoridades sem dar maiores informações.
Os talebans, que combatem há 13 anos o governo afegão, apoiado pelos Estados Unidos, reivindicaram o ataque.
Os talebans afegãos lançaram sua ofensiva de primavera, denominada "Azm" (Determinação) no fim de abril, prometendo ataques por todo o país nesta que pode ser a temporada de combates mais sangrenta da última década, depois que as forças da Otan se retiraram do front.
Também em Cabul, em 19 de maio passado, a explosão de um carro-bomba dos talebans em um estacionamento do ministério da Justiça matou quatro pessoas e deixou dezenas de feridos.
Aumenta o número de civis mortos
Segundo a Missão de Assistência no Afeganistão das Nações Unidas (Unama), nos primeiros quatro meses de 2015, as mortes de civis aumentaram 16% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O governo afegão tem sido criticado por sua incapacidade de parar os ataques dos insurgentes, um fato que é atribuído a disputas políticas internas e atrasos para formar um gabinete.
Na quinta-feira passada, o presidente Mohamad Ashraf Ghani propôs Masoom Stanekzai, secretário da agência responsável pelo processo de paz do país, para o cargo de ministro da Defesa, uma proposta que deve ainda ser aprovada pelo Parlamento.
A posição foi deixada vaga por divergências entre Ghani e seu chefe do executivo, seu ex-rival na eleição presidencial de 2014 Abdullah Abdullah, que apoiou outro candidato.
Desde a saída de maior parte das tropas de combate da Otan, em dezembro, as forças de segurança afegãs enfrentam sozinhas a insurreição dos talebans. Uma força de 12.500 homens ficou sob a bandeira da Otan para colaborar na formação do exército local até 2016.