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Ataque a hotel na Somália deixa mais de 10 mortos

Após a explosão, vários criminosos entraram no hotel, onde se entrincheiraram

Somália: após a explosão, vários criminosos entraram no hotel, onde se entrincheiraram (Feisal Omar / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 09h36.

O ataque reivindicado pelos islamitas shebab contra um hotel de Mogadíscio, capital da Somália , deixou mais de dez mortos, incluindo dois deputados , além dos criminosos, após mais de doze horas de combates com as forças de segurança.

O ataque contra o hotel Ambassador, onde vários deputados se hospedavam, começou na quarta-feira às 17h40 (11h40 de Brasília) com a potente explosão de um carro-bomba que deixou danos graves.

Após a explosão, vários criminosos entraram no hotel, onde se entrincheiraram. As forças de segurança combateram a noite toda para desalojá-los.

"As forças de segurança mataram todos os criminosos", indicou nesta quinta-feira o ministro somali de Segurança, Abdirizak Omar Mohamed. Os corpos de três supostos criminosos foram colocados diante da fachada desfigurada do hotel.

"Até o momento podemos confirmar que há 10 mortos e vários feridos", disse o ministro à imprensa, antes de informar que as equipes de emergência procuravam sobreviventes ou mais corpos entre os escombros do hotel.

Mohamed Elmi, uma testemunha, disse na noite de quarta-feira à AFP que viu "sete corpos, a maioria carbonizados". Segundo fontes de segurança e médicas, ao menos 40 pessoas ficaram feridas no ataque.

"Estes ataques terroristas brutais pretendem semear o medo" entre a população, declarou o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, expressando suas condolências aos familiares das vítimas.

O representante da União Africana na Somália, Francisco Madeira, condenou, por sua vez, estes "atos egoístas e covardes que mostram novamente que os militantes shebab não respeitam as vítimas humanas".

Cérebro do ataque do Quênia morto

O ataque ocorreu horas após as autoridades somalis anunciarem a morte do suposto cérebro do ataque shebab de 2 de abril de 2015 contra a universidade de Garissa, no leste do Quênia, que deixou 148 mortos, incluindo 142 estudantes.

Mohamed Mohamud, conhecido como "Kuno", um ex-professor queniano de uma escola corânica de Garissa, foi "morto por comandos somalis e forças especiais de Jubaland" na madrugada de quarta-feira, havia declarado à imprensa o ministro de Segurança do Estado somali de Jubaland (sudoeste), Abdirashid Janan.

O ministro indicou que outros três supostos comandantes shebab morreram na operação, realizada perto da fronteira com o Quênia.

O Quênia havia anunciado a morte de Mohamed Mohamud em julho de 2015, antes de se retratar.

Por sua vez, o Pentágono anunciou na quarta-feira a morte provável, em um ataque aéreo na sexta-feira passada na Somália, de Abdulallahi Haji Da'ud, um chefe shebab que coordenou ataques em Somália, Quênia e Uganda.

Os shebab, extremistas islamitas afiliados à Al-Qaeda, juraram derrubar o governo somali, apoiado pela comunidade internacional e defendido pela força da União Africana na Somália (Amisom).

Esta última conseguiu expulsar os shebab de Mogadíscio em agosto de 2011.

Embora tenham perdido a maioria de seus redutos, os shebab ainda controlam amplas zonas rurais, de onde realizam operações de guerrilha e outros atentados suicidas, às vezes até a capital.

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O ataque reivindicado pelos islamitas shebab contra um hotel de Mogadíscio, capital da Somália , deixou mais de dez mortos, incluindo dois deputados , além dos criminosos, após mais de doze horas de combates com as forças de segurança.

O ataque contra o hotel Ambassador, onde vários deputados se hospedavam, começou na quarta-feira às 17h40 (11h40 de Brasília) com a potente explosão de um carro-bomba que deixou danos graves.

Após a explosão, vários criminosos entraram no hotel, onde se entrincheiraram. As forças de segurança combateram a noite toda para desalojá-los.

"As forças de segurança mataram todos os criminosos", indicou nesta quinta-feira o ministro somali de Segurança, Abdirizak Omar Mohamed. Os corpos de três supostos criminosos foram colocados diante da fachada desfigurada do hotel.

"Até o momento podemos confirmar que há 10 mortos e vários feridos", disse o ministro à imprensa, antes de informar que as equipes de emergência procuravam sobreviventes ou mais corpos entre os escombros do hotel.

Mohamed Elmi, uma testemunha, disse na noite de quarta-feira à AFP que viu "sete corpos, a maioria carbonizados". Segundo fontes de segurança e médicas, ao menos 40 pessoas ficaram feridas no ataque.

"Estes ataques terroristas brutais pretendem semear o medo" entre a população, declarou o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, expressando suas condolências aos familiares das vítimas.

O representante da União Africana na Somália, Francisco Madeira, condenou, por sua vez, estes "atos egoístas e covardes que mostram novamente que os militantes shebab não respeitam as vítimas humanas".

Cérebro do ataque do Quênia morto

O ataque ocorreu horas após as autoridades somalis anunciarem a morte do suposto cérebro do ataque shebab de 2 de abril de 2015 contra a universidade de Garissa, no leste do Quênia, que deixou 148 mortos, incluindo 142 estudantes.

Mohamed Mohamud, conhecido como "Kuno", um ex-professor queniano de uma escola corânica de Garissa, foi "morto por comandos somalis e forças especiais de Jubaland" na madrugada de quarta-feira, havia declarado à imprensa o ministro de Segurança do Estado somali de Jubaland (sudoeste), Abdirashid Janan.

O ministro indicou que outros três supostos comandantes shebab morreram na operação, realizada perto da fronteira com o Quênia.

O Quênia havia anunciado a morte de Mohamed Mohamud em julho de 2015, antes de se retratar.

Por sua vez, o Pentágono anunciou na quarta-feira a morte provável, em um ataque aéreo na sexta-feira passada na Somália, de Abdulallahi Haji Da'ud, um chefe shebab que coordenou ataques em Somália, Quênia e Uganda.

Os shebab, extremistas islamitas afiliados à Al-Qaeda, juraram derrubar o governo somali, apoiado pela comunidade internacional e defendido pela força da União Africana na Somália (Amisom).

Esta última conseguiu expulsar os shebab de Mogadíscio em agosto de 2011.

Embora tenham perdido a maioria de seus redutos, os shebab ainda controlam amplas zonas rurais, de onde realizam operações de guerrilha e outros atentados suicidas, às vezes até a capital.

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