Assad não pode integrar governo de transição, afirma Kerry
A opositora Coalizão Nacional Síria também afirmou que qualquer solução política ao conflito deve começar com a renúncia de Assad
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 07h52.
Roma - O secretário de Estado americano, John Kerry, reiterou nesta quinta-feira durante uma visita a Roma que o presidente Bashar al-Assad não poderá integrar um governo de transição na Síria .
"São feitos esforços para instaurar um governo de transição por mútuo acordo, o que significa claramente em nossa opinião que o presidente Assad não participará nele", declarou Kerry.
Na quarta-feira, a opositora Coalizão Nacional Síria afirmou que qualquer solução política ao conflito deve começar com a renúncia de Bashar al-Assad, uma reação ao recente pedido russo-americano de diálogo entre as partes.
Kerry confirmou oficialmente a liberação de 100 milhões de dólares adicionais de ajuda humanitária para os refugiados sírios. Metade do valor ajudará a Jordânia a enfrentar o fluxo de refugiados sírios.
Segundo o chefe da diplomacia jordaniana, Naser Judeh, o número de refugiados sírios pode chegar a representar 40% da população da Jordânia em meados de 2014.
"No momento, os refugiados sírios representam 10% de nossa população, mas no ritmo atual, o número aumentaria a 20 ou 25% antes do fim do ano e, sem dúvida, a quase 40% até meados de 2014", declarou Judeh também em Roma.
Nesta quinta-feira, a frente islamita radical Al-Nosra, que combate o regime sírio, desmentiu que seu líder, Abu Mohamed Al Yulani, esteja ferido, como anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Queridos irmãos, a informação de algumas redes de que o xeque Al Yulani está ferido em Damasco não é correta, graças a Deus", escreveu no Twitter Al Gharib al Muhajir al Qahtani, um dos dirigentes da Al-Nosra.
"Independente de um dirigente estar ferido ou morto, a jihad (guerra santa) vai prosseguir até o juízo final", completou, antes de repetir que a informação sobre Al Yulani é falsa".