Artur Mas descarta renunciar à presidência da Catalunha
"A bola continha com a CUP", insistiu Rull, sem indicar se a sua formação tentará conseguir os dois votos necessários para investir Mas
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 16h41.
O presidente em exercício da Catalunha , Artur Mas, expressou nesta segunda-feira sua intenção de tentar ser reconduzido no cargo, apesar da rejeição de parte do movimento separatista, o que levaria à celebração de novas eleições nesta região espanhola.
Um dia depois de o partido anticapitalista CUP decidir que não vai apoiar Mas como chefe de governo regional catalão, o líder político garantiu que estava "ansioso para enfrentar os poderes de Madri (...) e também alguns daqueles que aqui (na Catalunha) tornam as coisas excessivamente difíceis".
O seu partido, CDC (liberal), também rejeitou propor outro presidente como queria a CUP: "Nós não vamos mudar o nosso desejo de nomear Artur Mas como candidato a presidente do governo catalão", declarou o número dois da formação, Josep Rull.
Esta semana termina o prazo para formar um novo governo nesta região do nordeste da Espanha , e os separatistas não chegaram a um acordo que evite a repetição das eleições em março.
A coalizão Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) obteve 62 cadeiras das 135 disponíveis nas eleições regionais de 27 de setembro e precisava do apoio de ao menos dois dos dez legisladores da CUP para indicar Mas no primeiro turno como presidente, mas os anticapitalistas o veem como promotor dos cortes na região.
O atual presidente não tem a opção de buscar outras alianças, já que os demais partidos presentes no Parlamento catalão não apoiam o processo de independência da região.
Depois de o CDC descartar a indicação de um outro nome, ainda resta o ERC, que também faz parte da coalizão e cujo líder Oriol Junqueras seria aceito pela CUP como presidente, se pronunciar no final da tarde desta segunda-feira.
"A bola continha com a CUP", insistiu Rull, sem indicar se a sua formação tentará conseguir os dois votos necessários para investir Mas.
Divisão na CUP
De fato, a CPU está muito dividida sobre a questão e alguns de seus líderes se mostraram a favor de apoiar Mas, incluindo o seu líder nas eleições, Antonio Baños, que renunciou nesta segunda-feira.
"Após obtida a maioria separatista em 27 de setembro, eu percebi que o mandato explícito do país era impedir sem demora ou hesitação a ruptura com o Estado espanhol. Por isso, encontrava-me entre aqueles a favor de aceitar a proposta de acordo com Junts pel Sí", escreveu em sua carta de despedida.
"Estou saindo porque sou incapaz de defender a posição adotada esmagadoramente" no domingo pela CUP, concluiu.
Os separatistas têm até 9 de janeiro à meia-noite para formar um governo. Caso contrário, o parlamento será dissolvido no dia seguinte e, na segunda-feira, Artur Mas deverá convocar novas eleições, a quarta em cinco anos.
Em caso de novas eleições, os separatistas se veriam desgastados pelas discrepâncias internas e com uma base desanimada depois de desperdiçar a primeira maioria parlamentar separatista na história da Catalunha.
"A decisão do domingo (da CUP) coloca na UTI (unidade de terapia intensiva) o processo de independência", comemorou Xavier García Albiol, líder catalão do Partido Popular do chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy.
Todos os partidos contrários à independência comemoraram a rejeição da CUP e a provável convocação do processo eleitoral, que é vista como uma oportunidade para acabar com o debate separatista que monopoliza a política regional desde 2012, quando Artur Mas aderiu ao movimento de independência e pediu um referendo de auto-determinação.
"Há muito tempo este parlamento está a serviço de uma causa personalista, a do Sr. Mas e a dos separatistas", criticou nesta segunda-feira a líder da oposição, Agnes Arrimadas, do partido antinacionalista Ciudadanos.
O presidente em exercício da Catalunha , Artur Mas, expressou nesta segunda-feira sua intenção de tentar ser reconduzido no cargo, apesar da rejeição de parte do movimento separatista, o que levaria à celebração de novas eleições nesta região espanhola.
Um dia depois de o partido anticapitalista CUP decidir que não vai apoiar Mas como chefe de governo regional catalão, o líder político garantiu que estava "ansioso para enfrentar os poderes de Madri (...) e também alguns daqueles que aqui (na Catalunha) tornam as coisas excessivamente difíceis".
O seu partido, CDC (liberal), também rejeitou propor outro presidente como queria a CUP: "Nós não vamos mudar o nosso desejo de nomear Artur Mas como candidato a presidente do governo catalão", declarou o número dois da formação, Josep Rull.
Esta semana termina o prazo para formar um novo governo nesta região do nordeste da Espanha , e os separatistas não chegaram a um acordo que evite a repetição das eleições em março.
A coalizão Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) obteve 62 cadeiras das 135 disponíveis nas eleições regionais de 27 de setembro e precisava do apoio de ao menos dois dos dez legisladores da CUP para indicar Mas no primeiro turno como presidente, mas os anticapitalistas o veem como promotor dos cortes na região.
O atual presidente não tem a opção de buscar outras alianças, já que os demais partidos presentes no Parlamento catalão não apoiam o processo de independência da região.
Depois de o CDC descartar a indicação de um outro nome, ainda resta o ERC, que também faz parte da coalizão e cujo líder Oriol Junqueras seria aceito pela CUP como presidente, se pronunciar no final da tarde desta segunda-feira.
"A bola continha com a CUP", insistiu Rull, sem indicar se a sua formação tentará conseguir os dois votos necessários para investir Mas.
Divisão na CUP
De fato, a CPU está muito dividida sobre a questão e alguns de seus líderes se mostraram a favor de apoiar Mas, incluindo o seu líder nas eleições, Antonio Baños, que renunciou nesta segunda-feira.
"Após obtida a maioria separatista em 27 de setembro, eu percebi que o mandato explícito do país era impedir sem demora ou hesitação a ruptura com o Estado espanhol. Por isso, encontrava-me entre aqueles a favor de aceitar a proposta de acordo com Junts pel Sí", escreveu em sua carta de despedida.
"Estou saindo porque sou incapaz de defender a posição adotada esmagadoramente" no domingo pela CUP, concluiu.
Os separatistas têm até 9 de janeiro à meia-noite para formar um governo. Caso contrário, o parlamento será dissolvido no dia seguinte e, na segunda-feira, Artur Mas deverá convocar novas eleições, a quarta em cinco anos.
Em caso de novas eleições, os separatistas se veriam desgastados pelas discrepâncias internas e com uma base desanimada depois de desperdiçar a primeira maioria parlamentar separatista na história da Catalunha.
"A decisão do domingo (da CUP) coloca na UTI (unidade de terapia intensiva) o processo de independência", comemorou Xavier García Albiol, líder catalão do Partido Popular do chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy.
Todos os partidos contrários à independência comemoraram a rejeição da CUP e a provável convocação do processo eleitoral, que é vista como uma oportunidade para acabar com o debate separatista que monopoliza a política regional desde 2012, quando Artur Mas aderiu ao movimento de independência e pediu um referendo de auto-determinação.
"Há muito tempo este parlamento está a serviço de uma causa personalista, a do Sr. Mas e a dos separatistas", criticou nesta segunda-feira a líder da oposição, Agnes Arrimadas, do partido antinacionalista Ciudadanos.