Após vazamentos, Manchester deixa de compartilhar dados com EUA
A divulgação feita pelo NYT das imagens do local do ataque, que deixou 22 mortos e 64 feridos, provocou um grande mal-estar entre as autoridades
EFE
Publicado em 25 de maio de 2017 às 06h50.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 08h51.
Londres - A polícia de Manchester deixou de compartilhar informações com as autoridades dos Estados Unidos , após os vazamentos na imprensa em relação ao atentado da última segunda-feira, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pela "BBC".
A divulgação de dados para a mídia americana e a divulgação, ontem, feita pelo jornal "New York Times" das imagens do local do ataque, que deixou 22 mortos e 64 feridos, entre eles várias crianças, provocou um grande mal-estar entre as autoridades britânicas.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, vai se queixar hoje ao presidente dos EUA, Donald Trump, dos vazamentos, durante o encontro na cúpula da OTAN, em Bruxelas (Bélgica).
As imagens foram divulgadas pelo jornal, depois da revelação a informação a jornalistas americanos sobre o fato, como a identidade do terrorista suicida, Salman Abedi, de 22 anos, nascido no Reino Unido.
Eles também se anteciparam às autoridades britânicas ao revelar que o ataque da última segunda-feira era um atentado terrorista, algo que ainda não tinha sido confirmado pela polícia do Reino Unido.
De acordo com a "BBC", a polícia de Manchester confia em retomar a relação normal existente entre os serviços de inteligência dos dois países, que habitualmente compartilham dados confidenciais, mas que neste momento estão "furiosos" após os vazamentos, pois acreditam que poderiam atrapalhar a investigação.
Em relação às imagens divulgadas pelo "NYT" do local cena do atentado, o conselho Nacional de Chefes de Polícia do Reino Unido considerou, em declarações divulgadas hoje pela imprensa local, que "prejudicam as investigações, a confiança das vítimas, dos testemunhas e seus familiares".
Os vazamentos procedentes dos EUA sugeriam, aparentemente, que familiares de Abedi já tinham advertido aos serviços de segurança britânicos de que se tratava de uma pessoa perigosa.