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Após morte de colega por malária, diplomatas pedem mais atenção à saúde

Preocupação se deu depois da morte da diplomata Milena Medeiros, que retornava de uma missão à Guiné Equatorial, na África

Palácio do Itamaraty, em Brasília: cuidados intensificados com diploomatas fora do país (José Assenco/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 11h25.

Brasília – Após a morte devido à contaminação por malária da diplomata Milena Oliveira Medeiros, de 35 anos, há quatro dias, um grupo de 84 diplomatas encaminhou um documento ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pedindo providências para impedir que situações semelhantes se repitam. Os diplomatas dizem que há falta de orientações e atenção do Serviço de Atendimento Médico e Social do Itamaraty.

A assessoria do Itamaraty informou que a carta foi recebida pelo gabinete de Patriota, que vai analisar “o documento com muito cuidado e atenção, em um momento de muita dor e tristeza para todo o ministério". Uma resposta formal aos pedidos e às sugestões feitos no documento será dada apenas no início de 2012.

A assessoria acrescentou que o Itamaraty dispõe de um médico especialista em doenças tropicais, cedido pelo governo do Distrito Federal, e que há dois anos foi solicitada a contratação de profissionais de outras especialidades.

No último dia 26, a diplomata Milena Medeiros morreu, depois de retornar de uma missão à Guiné Equatorial, na África, onde preparava a viagem da presidenta Dilma Rousseff, prevista para abril. Durante a missão, Milena contraiu malária.

Segundo a carta encaminhada ao Itamaraty, os 21 diplomatas que viajaram a Malabo (capital da Guiné Equatorial) receberam repelentes e advertências sobre a possibilidade de contrair malária, por iniciativa independente da embaixada brasileira no local. Mas apenas Milena Medeiros apresentou os sintomas da doença.

A carta informa que a situação da diplomata foi agravada por ela não ter recebido do Itamaraty "orientação adequada quanto aos sintomas da doença e quanto a profissionais e instituições aptas a prestar atendimento especializado em Brasília". Ainda segundo o documento, houve demora na realização do exame de malária e na obtenção do medicamento para o tratamento da doença.

De acordo com a assessoria, o ministério está "intensificando suas atividades de divulgação de medidas profiláticas e de identificação de sintomas, o que se fará inicialmente por meio da elaboração de cartilha específica de orientação".

Segundo amigos e parentes de Milena Oliveira, ela apresentou os primeiros sintomas, como febre e dor de garganta, no dia 30 de novembro, três dias depois de voltar ao Brasil. Ela se submeteu à primeira consulta médica no dia 5 de dezembro e fez um exame de malária, cujo resultado só sairia em 15 dias. No dia 26, a diplomata morreu.

Desde 2007, o Itamaraty abriu 35 novos postos em países como Congo, Geórgia, Serra Leoa e Bósnia e tem embaixadas abertas por decreto, mas não de fato, em Bagdá e em Cabul.

A Organização das Nações Unidas (ONU) exige que seus funcionários obtenham um documento especial para viagens a regiões consideradas de risco, que são classificadas em cinco níveis de segurança.

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Brasília – Após a morte devido à contaminação por malária da diplomata Milena Oliveira Medeiros, de 35 anos, há quatro dias, um grupo de 84 diplomatas encaminhou um documento ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pedindo providências para impedir que situações semelhantes se repitam. Os diplomatas dizem que há falta de orientações e atenção do Serviço de Atendimento Médico e Social do Itamaraty.

A assessoria do Itamaraty informou que a carta foi recebida pelo gabinete de Patriota, que vai analisar “o documento com muito cuidado e atenção, em um momento de muita dor e tristeza para todo o ministério". Uma resposta formal aos pedidos e às sugestões feitos no documento será dada apenas no início de 2012.

A assessoria acrescentou que o Itamaraty dispõe de um médico especialista em doenças tropicais, cedido pelo governo do Distrito Federal, e que há dois anos foi solicitada a contratação de profissionais de outras especialidades.

No último dia 26, a diplomata Milena Medeiros morreu, depois de retornar de uma missão à Guiné Equatorial, na África, onde preparava a viagem da presidenta Dilma Rousseff, prevista para abril. Durante a missão, Milena contraiu malária.

Segundo a carta encaminhada ao Itamaraty, os 21 diplomatas que viajaram a Malabo (capital da Guiné Equatorial) receberam repelentes e advertências sobre a possibilidade de contrair malária, por iniciativa independente da embaixada brasileira no local. Mas apenas Milena Medeiros apresentou os sintomas da doença.

A carta informa que a situação da diplomata foi agravada por ela não ter recebido do Itamaraty "orientação adequada quanto aos sintomas da doença e quanto a profissionais e instituições aptas a prestar atendimento especializado em Brasília". Ainda segundo o documento, houve demora na realização do exame de malária e na obtenção do medicamento para o tratamento da doença.

De acordo com a assessoria, o ministério está "intensificando suas atividades de divulgação de medidas profiláticas e de identificação de sintomas, o que se fará inicialmente por meio da elaboração de cartilha específica de orientação".

Segundo amigos e parentes de Milena Oliveira, ela apresentou os primeiros sintomas, como febre e dor de garganta, no dia 30 de novembro, três dias depois de voltar ao Brasil. Ela se submeteu à primeira consulta médica no dia 5 de dezembro e fez um exame de malária, cujo resultado só sairia em 15 dias. No dia 26, a diplomata morreu.

Desde 2007, o Itamaraty abriu 35 novos postos em países como Congo, Geórgia, Serra Leoa e Bósnia e tem embaixadas abertas por decreto, mas não de fato, em Bagdá e em Cabul.

A Organização das Nações Unidas (ONU) exige que seus funcionários obtenham um documento especial para viagens a regiões consideradas de risco, que são classificadas em cinco níveis de segurança.

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