Após escândalo, Erenice Guerra reaparece no Planalto
Ex-ministra ficou na ala destinada a convidados especiais
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2011 às 09h44.
Afastada da Casa Civil sob suspeita de envolvimento e montagem de um esquema de lobby dentro do Palácio do Planalto, a ex-ministra Erenice Guerra ressurgiu ontem na cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff. Toda de preto, com uma saia esvoaçante e uma bolsa vermelha, Erenice ficou na ala destinada a convidados especiais - e não na de ex-ministros de Estados - e foi efusivamente cumprimentada pela nova presidente.
Acompanhada do marido, José Roberto Camargo Campos, Erenice recebeu um longo abraço de Dilma, com direito a beijo, mão na cintura e tapinhas no ombro. Ao fim, depois de tirar foto ao lado da presidente e do marido, Erenice acariciou a faixa presidencial.
Mais tarde, Erenice também circulou pelos salões do Itamaraty, onde a presidente recepcionou os convidados da festa depois da cerimônia de posse. Ela disse à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que espera voltar a advogar a partir do próximo mês. Disse que não se encontrou com Lula desde que foi demitida da Casa Civil e não quis dizer se manteve algum contato com Dilma.
Quando deixou a Casa Civil no início de abril de 2010 para disputar a presidência, Dilma indicou Erenice para ocupar sua vaga. As duas trabalharam juntas praticamente durante todos os dois governos de Lula. Dilma conheceu Erenice durante a formação do primeiro governo de Lula. Desde então, ficaram amigas.
Antes das eleições, Erenice foi obrigada a sair do governo diante da suspeita de envolvimento em esquema de lobby. Antes das denúncias, Erenice era apontada como presença certa no governo de Dilma.
Dirceu
Quem também participou da cerimônia de posse de Dilma foi o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Acompanhado de sua mulher, Ivanise, ele ficou na ala destinada a ex-integrantes do governo Lula e foi um dos mais paparicados por atuais integrantes da gestão Dilma, convidados e políticos que dividiram com ele a Esplanada no primeiro governo Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.