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Após atentado, G20 promete resposta dura contra o terrorismo

Menos de 48 horas após os atentados de Paris, os líderes do G20 reunidos em Antalya, na Turquia, prometem uma resposta "dura" ao terrorismo

Obama e Putin conversam na reunião do G20 na Turquia: países prometem resposta enérgica aos terroristas (Jonathan Ernst/ Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2015 às 12h34.

Os líderes do G20 reunidos em Antalya, na Turquia, desejam transmitir uma mensagem "dura" contra o terrorismo, menos de 48 horas após os atentados de Paris, prometeu neste domingo o presidente turco, enquanto a França espera compromissos concretos.

"Acredito que nossa resposta ao terrorismo internacional vai se concretizar de maneira muito forte, muito dura, nesta cúpula do G20", declarou o anfitrião da cúpula, pouco depois de uma reunião com o presidente americano Barack Obama .

Este, por sua vez, prometeu "redobrar" os esforços para eliminar a organização Estado Islâmico (EI), que reivindicou os ataques na capital francesa.

Os atentados na sexta-feira à noite em Paris, que fizeram pelo menos 129 mortos, se impôs como a principal questão a ser discutida pelos chefes de Estado e de Governo dos países mais poderosos do mundo, reunidos neste domingo e segunda-feira para uma reunião de cúpula no resort turco de Antalya.

De acordo com várias fontes, o G20 poderia publicar um comunicado especial sobre o terrorismo, além do tradicional comunicado final consagrado às questões econômicas internacionais.

O presidente russo, Vladimir Putin , pediu unidade na luta contra o terrorismo, enquanto os países ocidentais e a Rússia divergem sobre a estratégia a adotar para acabar com o conflito na Síria, onde o Estado Islâmico está fortemente estabelecido.

Moscou é de fato o único apoio aberto ao presidente sírio Bashar al-Assad entre os países membros do G20.

"Só podemos controlar a ameaça terrorista (...) se toda a comunidade internacional unir seus esforços", declarou Putin, durante uma reunião dos líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), pouco antes do início do G20.

"Todos nós vimos o horror que aconteceu em Paris e nos solidarizamos com aqueles que sofreram", afirmou, acrescentando que "nós continuamos a defender a união de nossos esforços contra a ameaça terrorista de forma eficaz".

Ações concretas

Mas, além das declarações bem intencionadas, a França, representada pelo ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius e das Finanças Michel Sapin, espera ações concretas na luta contra o terrorismo.

"Além da solidariedade e da comoção" após os atentados de Paris, a França "quer decisões concretas em matéria de luta contra o financiamento do terrorismo", declarou à AFP Sapin.

As declarações de intenção escondem, de fato, as divergências sobre a guerra na Síria, onde mais de 250.000 pessoas já morreram.

No sábado, em Viena, os líderes diplomatas concordaram em estabelecer um "calendário concreto", que prevê a formação de um governo de transição em seis meses e a organização de eleições em dezoito meses.

Mas, como lembrou o secretário de Estado americano John Kerry, "as divergências persistem" sobre o futuro de Assad.

Neste contexto, e duas semanas após sua vitória nas eleições legislativas, o homem forte da Turquia quer aproveitar a oportunidade para reafirmar seu papel na crise.

Para lembrar a urgência da ameaça terrorista, um membro do EI cometeu um ataque suicida sábado à noite durante uma ação da polícia na cidade turca de Gaziantep, localizada 500 km a leste de Antalaya.

E, a duas semanas da conferência das Nações Unidas sobre o Clima em Paris, a COP21, o G20 deverá aproveitar a ocasião para acertar as arestas em vista de um acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

Sobre a COP21, o chefe da oposição de direita francesa, Nicolas Sarkozy, pedirá "o adiamento" de vários meses da reunião, que deve acontecer de 30 de novembro a 11 de dezembro, em razão da situação de segurança no país.

O G20 também deverá permitir a validação do plano de ação da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra a otimização fiscal, que permite às multinacionais escapar de impostos.

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Os líderes do G20 reunidos em Antalya, na Turquia, desejam transmitir uma mensagem "dura" contra o terrorismo, menos de 48 horas após os atentados de Paris, prometeu neste domingo o presidente turco, enquanto a França espera compromissos concretos.

"Acredito que nossa resposta ao terrorismo internacional vai se concretizar de maneira muito forte, muito dura, nesta cúpula do G20", declarou o anfitrião da cúpula, pouco depois de uma reunião com o presidente americano Barack Obama .

Este, por sua vez, prometeu "redobrar" os esforços para eliminar a organização Estado Islâmico (EI), que reivindicou os ataques na capital francesa.

Os atentados na sexta-feira à noite em Paris, que fizeram pelo menos 129 mortos, se impôs como a principal questão a ser discutida pelos chefes de Estado e de Governo dos países mais poderosos do mundo, reunidos neste domingo e segunda-feira para uma reunião de cúpula no resort turco de Antalya.

De acordo com várias fontes, o G20 poderia publicar um comunicado especial sobre o terrorismo, além do tradicional comunicado final consagrado às questões econômicas internacionais.

O presidente russo, Vladimir Putin , pediu unidade na luta contra o terrorismo, enquanto os países ocidentais e a Rússia divergem sobre a estratégia a adotar para acabar com o conflito na Síria, onde o Estado Islâmico está fortemente estabelecido.

Moscou é de fato o único apoio aberto ao presidente sírio Bashar al-Assad entre os países membros do G20.

"Só podemos controlar a ameaça terrorista (...) se toda a comunidade internacional unir seus esforços", declarou Putin, durante uma reunião dos líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), pouco antes do início do G20.

"Todos nós vimos o horror que aconteceu em Paris e nos solidarizamos com aqueles que sofreram", afirmou, acrescentando que "nós continuamos a defender a união de nossos esforços contra a ameaça terrorista de forma eficaz".

Ações concretas

Mas, além das declarações bem intencionadas, a França, representada pelo ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius e das Finanças Michel Sapin, espera ações concretas na luta contra o terrorismo.

"Além da solidariedade e da comoção" após os atentados de Paris, a França "quer decisões concretas em matéria de luta contra o financiamento do terrorismo", declarou à AFP Sapin.

As declarações de intenção escondem, de fato, as divergências sobre a guerra na Síria, onde mais de 250.000 pessoas já morreram.

No sábado, em Viena, os líderes diplomatas concordaram em estabelecer um "calendário concreto", que prevê a formação de um governo de transição em seis meses e a organização de eleições em dezoito meses.

Mas, como lembrou o secretário de Estado americano John Kerry, "as divergências persistem" sobre o futuro de Assad.

Neste contexto, e duas semanas após sua vitória nas eleições legislativas, o homem forte da Turquia quer aproveitar a oportunidade para reafirmar seu papel na crise.

Para lembrar a urgência da ameaça terrorista, um membro do EI cometeu um ataque suicida sábado à noite durante uma ação da polícia na cidade turca de Gaziantep, localizada 500 km a leste de Antalaya.

E, a duas semanas da conferência das Nações Unidas sobre o Clima em Paris, a COP21, o G20 deverá aproveitar a ocasião para acertar as arestas em vista de um acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

Sobre a COP21, o chefe da oposição de direita francesa, Nicolas Sarkozy, pedirá "o adiamento" de vários meses da reunião, que deve acontecer de 30 de novembro a 11 de dezembro, em razão da situação de segurança no país.

O G20 também deverá permitir a validação do plano de ação da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra a otimização fiscal, que permite às multinacionais escapar de impostos.

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