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Após ataque do Irã a Israel, Conselho de Segurança da ONU e G7 se reúnem para discutir conflito

A reunião do G7 foi convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que classificou o ataque de Irã como "descarado", e prometeu uma reposta "diplomática e unida". Conselho de Segurança da ONU também vai se reunir

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 14 de abril de 2024 às 09h35.

Última atualização em 14 de abril de 2024 às 09h38.

Reuniões entre diversos países da comunidade internacional estão programadas para ocorrer neste domingo, 14, para tratar sobre o ataque de Irã a Israel. O Conselho de Segurança da ONU e o G7 (Grupo dos Sete, composto pelos países mais industrializados do mundo) vão discutir os próximos passos do conflito.

A reunião do G7 foi convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que classificou o ataque de Irã como "descarado", e prometeu uma reposta "diplomática e unida". O norte-americano suspendeu uma folga para voltar a Casa Branca para acompanhar o conflito. Biden conversou com primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por telefone, após os ataques.

Na presidência rotativa do G7, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que “reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel" e agendou uma reunião virtual para o início da tarde. Além dos EUA e da Itália, o grupo ainda inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

"A presidência italiana do G7 organizou uma conferência no início da tarde de hoje. Expressamos forte preocupação com uma maior desestabilização da região e continuamos a trabalhar para evitá-la", escreveu a premiê na publicação.

O Conselho de Segurança da ONU também anunciou uma reunião em caráter emergencial neste domingo às 17h. O encontro foi um pedido do embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan.

Erdan solicita que a organização condene o Irã por essa ação, designe a Guarda Revolucionária iraniana como organização terrorista e tome medidas "concretas" contra os iranianos.

"Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana", escreveu Erdan em documento enviado à ONU.

Israel avalia responder o ataque do Irã

Além das reuniões dos conselhos internacionais, o Gabinete de Guerra de Israel realiza uma reunião nesta manhã para discutir possíveis respostas ao ataque do Irã. As informações foram divulgadas pela agência Reuters, citando uma autoridade do governo israelense. A reunião está marcada para as 9h30 deste domingo.

Segundo a CNN americana, uma autoridade de Israel disse que o país responderá o ataque, mas sem detalhar qual seria a magnitude.

Segundo a emissora israelense Channel 12, o Gabinete de segurança de Israel autorizou o Gabinete de guerra a tomar decisões em resposta ao ataque do Irã, eliminando a necessidade de aprovação prévia e agilizando o processo.

O que se sabe sobre o ataque do Irã a Israel?

O Irã enviou mais de 300 mísseis e drones para atacar o território de Israel no sábado. A ação iraniana foi uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º de abril, que causou, entre outras, a morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. As tensões entre o Irã e Israel aumentaram desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

O país afirmou que o ataque a Israel foi em "legítima defesa" e citou o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas. A Missão Diplomática do Irã disse ainda que considera o assunto "encerrado" e advertiu para que os Estados Unidos fiquem longe da situação. Os iranianos afirmaram também que caso Israel decida revidar, a resposta do Irã será "mais severa".

Autoridades do Irã afirmaram ainda que notificaram países vizinhos que iria realizar os envios. Os drones demoraram horas até chegar ao alvo. Com isso, o Domo de Ferro israelense e aliados do país, como Estados Unidos e Reino Unido, interceptaram os projeteis quando sobrevoavam a Síria e a Jordânia. Israel disse que interceptou 99% dos mísseis e drones, sem graves consequências ao país.

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