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Apoio à UE e integração econômica diminui na Europa

Entre 2012 e 2013, o apoio ao projeto europeu passou de 60% de opiniões favoráveis para apenas 45%

Linha de produção de uma montadora em Wolfsburg, Alemanha: apenas a Alemanha permanece acima dos 50%, apesar de um retrocesso de cinco pontos (Odd Andersen/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 13h53.

Bruxelas - O apoio à União Europeia e à integração econômica caiu drasticamente em muitos países do continente devido à crise, segundo uma pesquisa realizada pelo centro de pesquisas americano PEW.

Entre 2012 e 2013, o apoio ao projeto europeu passou de 60% de opiniões favoráveis para apenas 45%. A França registra o maior retrocesso (-19 pontos, a 41%).

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Esta queda é de 14 pontos na Espanha (a 46%), um país particularmente atingido pela crise, e de oito pontos na Alemanha (60%), maior economia do continente, mas de apenas um ponto na Itália (58%).

"O esforço realizado nos últimos 50 anos para criar uma Europa mais unida é hoje a principal vítima da crise do euro", escreve Pew, neste estudo intitulado "O novo doente da Europa: a União Europeia".

"O projeto europeu está hoje desacreditado em boa parte da Europa", acrescenta o relatório.

Em países onde o apoio à UE já era muito frágil, a tendência se acentua. Na Grécia, país sob ajuda financeira e submetido a um duro plano de austeridade, as opiniões favoráveis são de 33% (-4), e na Grã-Bretanha - com um crescente euroceticismo -, de 43% (-2).

O único país onde a cota da UE progride é a República Tcheca, um dos recém-chegados do ex-bloco comunista (+4 pontos), que registra, no entanto, baixíssimos 38%.


O fenômeno é idêntico para o apoio à integração econômica, origem da construção europeia, lembra o Pew. O apoio a ela, que já era frágil, caiu seis pontos neste período (34% a 28%).

Neste aspecto, a França voltou a se destacar com uma queda de 14 pontos (22% contra 36%), à frente de Itália (-11 e apenas 11% de opiniões favoráveis), Espanha (-9 e 37%) e Grécia (-7 a 11%). Apenas a Alemanha permanece acima dos 50%, apesar de um retrocesso de cinco pontos.

A divergência é chocante entre França e Alemanha, os dois motores tradicionais da UE. Entre os franceses, 91% acreditam que a economia vai mal, enquanto 75% dos alemães acreditam que está no bom caminho.

"A crise econômica que se prolonga criou forças centrífugas que dividiram a opinião pública europeia, separando os franceses dos alemães, e os alemães de todos os demais", segundo o Pew.

"Os países do sul, Espanha, Itália e Grécia, se afastam cada vez mais de Berlim devido a sua frustração com Bruxelas e do que consideram a injustiça do sistema econômico".

Efetivamente, apenas 4% dos espanhóis consideram que sua economia vai bem (-61 pontos), 3% dos italianos (-22) e 1% dos gregos.

Para o conjunto dos europeus, o principal problema é o emprego (78%), acima da dívida (71%) e da inflação (67%).

A pesquisa foi feita em março entre 7.646 pessoas de oito países da UE (Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Grécia, Polônia e República Tcheca).

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