Apoio à independência da Escócia diminui em nova pesquisa
Apoio à independência da Escócia baixou e está em 34%, segundo uma nova pesquisa sobre intenções de voto divulgada hoje. Referendo acontece dentro de dois meses
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2014 às 11h29.
Londres - O apoio à independência da Escócia baixou e está em 34%, segundo uma nova pesquisa sobre intenções de voto divulgado neste domingo, quando falta pouco mais de dois meses para o referendo sobre a cisão da região do Reino Unido .
O dominical 'Scotland on Sunday' publica hoje uma pesquisa elaborada pelo instituto ICM com mais de mil pessoas em que 45% dos entrevistados afirmam que optarão pelo 'não' na consulta popular do dia 18 de setembro.
Assim, o apoio à independência caiu dois pontos percentuais em relação à outra pesquisa realizada pelo veículo em junho, enquanto o apoio à união com Londres subiu dois pontos.
Sem levar em conta os eleitores indecisos, o 'sim' à independência se situa em 43%, contra 57% do 'não'.
O 'Scotland on Sunday' opina que está dando frutos a estratégia dos partidos políticos que rejeitam a secessão, que disseram no mês passado que Londres dará mais poderes ao governo de Edimburgo se a Escócia permanecer no Reino Unido.
Nesse sentido, 40% dos indagados pelo ICM, 2% a mais que em junho, acredita que haverá mais transferência de competências se vencer o 'não', como sustenta o Partido Conservador, os trabalhistas e os liberal-democratas, esses últimos, parceiros dos 'tories' no governo britânico.
Entre as notícias positivas para o grupo do 'sim', a pesquisa destaca que a brecha de gênero diminuiu e indica que, sem contar com os indecisos, 44% das mulheres votará a favor da independência, em contraste com 43% dos homens.
Em pesquisas anteriores o apoio à independência por parte dos homens sempre foi significativamente superior ao das mulheres, lembra o dominical.
A campanha pela independência está liderada pelo Partido Nacionalista Escocês (SNP) do ministro principal, Alex Salmond, que governa em maioria na Escócia, enquanto a campanha pelo 'não' é patrocinada pelos três principais partidos políticos britânicos.