Apesar das ameaças de Trump, hondurenhos começam a entrar no México
Eles integram a caravana de cerca de 2.000 pessoas que deixaram o país da América Central no último sábado
Agência Brasil
Publicado em 19 de outubro de 2018 às 16h22.
Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 16h39.
Apesar das advertências do governo dos Estados Unidos , os primeiros migrantes hondurenhos começaram a entrar, nesta sexta-feira, 19, em território mexicano, a partir da cidade de Tecún Umán, na Guatemala .
O grupo cruzou à força o primeiro cerco policial, composto de uma centena de homens da guarda anti-motim para se dirigir à uma cerca que separa a Guatemala do México.
Eles integram a caravana de cerca de 2.000 pessoas que deixaram Honduras a pé, no último sábado, 13, fugindo da violência e da crise econômica que assolam o país, rumo aos Estados Unidos e em busca de melhores condições de vida, segundo declarações à imprensa.
Na caravana viajam crianças, mulheres grávidas, idosos e pessoas com deficiência, o que torna mais lento o avanço. No início da semana, os hondurenhos começaram a cruzar em massa e sem registro migratório a fronteira da Guatemala, apesar de bloqueio policial.
O primeiro ponto de descanso foi o município de Esquipulas, fronteira com Honduras, onde dormiram. Depois seguiram por Chimquimula e, na noite da terça-feira, 16, um grupo chegou à cidade capital para dormir na Casa do Migrante, na zona 1.
Ao longo do trajeto pela Guatemala, receberam apoio da população e de organizações de direitos humanos que distribuíam água, comida, balas, roupas e fraldas.
REAÇÃO
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou seu desgosto com a mobilização irregular e ameaçou cortar ajuda financeira de Guatemala, Honduras e El Salvador, se a caravana seguir avançando. Ele também ameaçou fechar a fronteira com o México .
A marcha irregular de hondurenhos ocorre a menos de uma semana da segunda Conferência de Prosperidade e Segurança na América Central, que será realizada em Washington, onde as três nações ameaçadas pelo mandatário pediram um maior apoio financeiro para enfrentar problemas regionais, principalmente a crescente emigração.